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Motoristas | Filippo Monteforte/AFP
Motoristas| Foto: Filippo Monteforte/AFP

Discos

Em seus nove anos de existência, a banda The Police lançou alguns dos melhores discos de rock das décadas de 70 e 80.

Outlandos D’Amour (1978)

Hits: "Roxanne", "Can’t Stand Loosing You", "So Lonely".

Regatta de Blanc (1979)

Hits: Message in the Bottle", "Walking on the Moon" e "Bring on the Night".

Ghost in the Machine (1980)

Hits: "Invisible Sun", "Every Little Thing She Does Is Magic", "Spirits in the Material World" e "Secret Journey".

Zenyatta Mondatta (1980)

Hits: "Don’t Stand So Close to Me", "Do Do Do Do, Da Da Da Da".

Synchronicity (1982)

Hits: "Every Breath You Take", "Wrapped Around Your Finger", "Synchronicity II", "King of Pain", "Tea in the Sahara".

The Police – Anthology (2007)

A coletânea, comemorativa aos 30 anos da banda, inclui 28 sucessos do grupo, incluindo "Fall Out", primeiro single, lançado em 1977.

Ninguém acreditou quando os rumores começaram a circular na imprensa internacional. A volta da banda The Police para uma turnê comemorativa aos 30 anos da banda? Bom demais para ser verdade. Mas, o que antes parecia mera especulação – ou fantasia delirante de fãs orfãos do grupo britânico – tornou-se realidade. No dia 11 de fevereiro deste ano, o vocalista e baixista Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland subiram ao palco do Staples Center, em Los Angeles, na California, e fizeram a apresentação de abertura da 49.ª cerimônia de entrega do Grammy, prêmio máximo de indústria fonográfica norte-americana. A canção escolhida foi o hit "Roxanne". Estava confirmada a antes inimaginável reunião do trio.

A tão aguardada turnê do The Police teve início em 28 de maio na cidade de Vancouver, costa oeste do Canadá. Foram dois concertos praticamente lotados, para um entusiasmado público estimado em 22 mil pagantes. Nada mal para uma banda que há 21 anos não fazia shows e desde 1983 não colocava um disco de canções inéditas no mercado. Até o final deste ano, o trio vai se apresentar em diversas cidades dos Estados Unidos e da Europa – consulte sites internacionais, como o www.ticketmaster.com, para checar as datas e a disponibilidade de ingressos. Existe, inclusive, uma remota possibilidade de o The Police chegar à América do Sul no primeiro trimestre de 2008, mas, pelo menos por enquanto, não há qualquer confirmação nesse sentido.

Enquanto os fãs sul-americanos aguardam a confirmação da vinda da turnê para o continente, uma boa sugestão é conferir a antologia The Police, CD duplo que traz 28 hits da banda remixados, de "Fall Out", primeiro single lançado pelo trio, em 1977, até os sucessos de Synchronicity, derradeiro – e melhor – álbum da banda.

New Wave

Para muitos, The Police tem uma cara: a do eclético Sting, cuja produção-solo vem transitando, desde a década de 80, entre diversos territórios musicais, passando desde o rock até o erudito, com flertes com jazz, bossa nova e world music. A banda, entretanto, não foi fundada por ele, mas, sim, pelo baterista norte-americano Stewart Copeland, que, em 1977, cansado do rock progressivo de sua banda Curved Band, decidiu buscar outros horizontes e se aproximar da cena punk de Londres. Em janeiro daquele ano, Copeland, Sting e o guitarrista Henry Padovani gravaram o single "Fall Out"/"Nothing Achieving". Logo em seguida, o trio excursionou pela Grã-Bretanha e Europa com as bandas Cherry Vanilla e Wayne County and the Electric Chairs.

O guitarrista Andy Summer só viria a se juntar ao grupo em julho de 1977. Por poucos meses o Police foi um quarteto, até que Padovani deixasse a formação.

Desde seus primórdios, o Police acrescentou às influências punks um elemento inusitado e fundamental que marcaria definitivamente sua sonoridade e distinguiria de maior parte de seus contemporâneos: o reggae. Além do trio, a única outra banda de brancos da época a incorporar o gênero musical jamaicano foi o também britânico The Clash. Por aqui, os ecos dessa escolha contaminariam uma das grandes bandas dos anos 80, Os Paralamas do Sucesso.

Para gravar seu primeiro álbum, Outlandos D’Amour, o Police trabalhou sem dinheiro e em regime de completa independência. E, quando o irmão de Copeland, o empresário do mercado fonográfico Miles Copeland III, ouviu pela primeira "Roxanne", o entusiasmo foi imediato. Tanto que foi graças à música, espécie de marco inicial da banda, que o trio conseguiu assinar contrato com o selo A&M, que tratou de lançar o disco internacionalmente. "Roxanne" acabou estourando na Grã-Bretanha e entrou para as paradas em diversos outros países, sobretudo na Austrália. Com isso veio a primeira turnê americana, feita a bordo de uma van, e o início da carreira internacional.

Já com o segundo disco, Reggatta de Blanc, de 1979, o Police deixou de ser "apenas mais uma banda", para se transformar, hit a hit, uma das principais formações da geração new wave, da qual fizeram parte, entre outros grupos, o norte-americano Blondie e os britânicos do Duran Duran. O álbum incluiu hits que atravessaram o planeta, como "Message in the Bottle", "Walking on the Moon". A canção-título do LP rendeu ao grupo o Grammy de melhor performance instrumental de um grupo de rock.

Em seguida vieram os álbuns (leia quadro ao acima) Zenyatta Mondatta (1980), Ghost in the Machine (1981) e Synchronicity (1983), todos bem sucedidos e repletos de hits. Todo o êxito alcançado pela banda, no entanto, não lhe garantiu vida longa, aos moldes dos conterrâneos Rolling Stones. Divergências artísticas e, o desejo de realizar projetos-solo, sobretudo por parte de Sting, levaram o The Police a um longo e tumultuado processo de separação, que culminou com o seu fim definitivo, em 1986. Mas como nada é para sempre...

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