Editor do portal Scream & Yell, referência em música e cultura pop, e colaborador de diversos veículos, o jornalista Marcelo Costa acompanhou as edições de 2010, 2011 e 2012 do Primavera Sound. E não titubeia. “É o melhor festival do mundo.”
O principal argumento a favor do evento espanhol é a curadoria inteligente, realizada por quem é apaixonado por música, e não por empresários. “Entrevistei Alberto Guijarro, um dos organizadores, e ele me perguntou que bandas eu gostaria de ouvir, o que me chama a atenção. Há um interesse, um diálogo maior. Não é como conversar com Roberto Medina”, diz, citando o responsável pelo Rock in Rio.
Há outra diferença em relação a festivais nacionais: a ausência de risco, de surpresas. “Mesmo no Planeta Terra, há um palco mais pop e outro indie. No Primavera, você vai ao banheiro ouvindo The Cure e no caminho ouve Napalm Death ou The xx”, diz. A busca pelo lucro imediato é outro ponto que pesa contra os eventos musicais no Brasil. O Primavera Sound começou em 2000, com audiência de 7 mil pessoas. “Aqui, parece que todo evento nasce tendo que ter público de 50 mil”, argumenta.
O jornalista diz que deixou de frequentar o Primavera não porque ele se esgotou – “muito pelo contrário.” O motivo era conhecer outros, como o Øya Festival, em Oslo (Noruega), para o qual foi em 2014. (CC)
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