Serviço
O Rockfellas é formado por: Paul Di´Anno (ex-Iron Maiden); Canisso (Raimundos); Marcão (ex-Charlie Brown Jr.); e Jean Dolabella (Sepultura).
Nesta sexta-feira (5), às 22h. John Bull Music Hall (Rua Engenheiro Rebouças, 1645). Entrada: R$ 30. Informações: (41) 3026-5050.
Membros ou ex-integrantes de bandas conceituadas como Iron Maiden, Charlie Brown Jr., Raimundos e Sepultura reuniram-se para tocar clássicos do rock n roll com a banda Rockfellas. O projeto chega ao palco do John Bull Music Hall nesta sexta-feira (5). Marcão, ex-Charlie Brown, disse que "é um privilégio tocar com o vocal do Iron Maiden", já que a banda é referência que "influenciou toda uma geração de músicos".
Com data para acabar, marcada para o dia 3 de outubro, Marcão garante que o projeto não continua, mas pode ganhar um próximo capítulo. "Pode ser um Rockfellas que vai abranger outro tipo de som", contou.
No início, Marcão não havia cogitado a possibilidade de entrar para um projeto que não fosse composto por músicas próprias. "Eu nunca toquei em banda cover", disse ele, que afirmou que ficou muito feliz com o convite feito por Mônica Cavalera, empresária do Sepultura, para que ele integrasse a formação do grupo. "O grande barato do projeto é cada um ser diferente do outro e poder somar as nossas diferenças", completou.
Saída do Charlie Brown foi "recomeço"
Após ter deixado o Charlie Brown Jr. em 2005, Marcão disse que teve de passar por um "processo de recomeço". "Não foi fácil porque para quem veio de uma banda bem estabelecida, recomeçar é sempre um desafio", disse ele.
Apenas seis meses depois de sua saída, Marcão formou a banda TH6, que terá seu CD de estréia lançado neste mês. O projeto conta com participações de bandas como NX Zero, CPM 22, Tihuana e Detonautas, e exibe todo o trabalho que começou a ser feito em 2005. "Fiz o CD com calma. Eu vim de vários CDs com o Charlie Brown, mais ou menos um CD por ano. Foi uma chance de reestruturar o meu trabalho", completou.
Leia abaixo a entrevista na íntegra:
Você deixou o Charlie Brown Jr. em 2005. Como foi o processo de deixar a banda e depois retornar à música com outros projetos?
Foi um processo de recomeço. Não foi fácil porque para quem veio de uma banda bem estabelecida, recomeçar é sempre um desafio. Mas na verdade eu nunca me desliguei da música, como algumas pessoas falaram. Eu preferi começar a fazer um projeto que se chama TH6, que é a minha banda atualmente. Eu estou até lançando um CD por ela nesse mês, e por sinal é muito legal. Tem 25 músicas e oito participações especiais como o Badauí do CPM, a molecada do NX Zero, o Di e o Gee, o Tico Santa Cruz do Detonautas, o Champignon, o Pelado, e o Baía do Tihuana, entre outros. Acabou ficando um CD bem legal. Eu comecei a fazer esse CD na verdade no meio de 2005. Eu saí do Charlie Brown em março e mais ou menos em agosto eu já estava com a banda formada. Eu preferi trabalhar longe desse lance de ficar fazendo bochichos na mídia, e quis fazer o CD com calma. Eu vim de vários CDs com o Charlie Brown, mais ou menos um CD por ano. Foi uma chance que eu tive de reestruturar o meu trabalho e pensar direitinho o que eu ia querer fazer.
E qual foi o passo para surgir a idéia dos Rockfellas?
A Mônica Cavalera, que é empresária do Sepultura, me ligou para convidar para um lance. A idéia era chamar um cara de cada banda, com o Paul DiAnno, o Jean que é o novo baterista do Sepultura. Fiquei super contente em ser convidado para esse projeto.
Não passava pela sua cabeça uma idéia como essa antes do convite?
Não, na verdade não. Eu nunca toquei em banda cover, o máximo que eu fiz foi tocar uns três covers no máximo em um show. Foi um projeto que eu jamais teria imaginado e fiquei super feliz de ser chamado, ver que os caras, além de excelentes músicos, são também muito gente fina.
Você não conhecia nenhum deles?
Eu conhecia o Canisso. Eu já tinha tocado com eles em alguns programas da MTV e shows que a gente fez junto na época do Charlie Brown. E acabei conhecendo o Paul, que fez parte da minha própria formação musical.
Como é tocar ao lado dele, que já foi da referência do rock que é o Iron Maiden?
Fantástico. Ele é um cara que, além dele cantar muito com aquela voz poderosa que ele tem que todo mundo já conhece, é também super divertido. A gente se diverte muito fazendo o que gosta, e acho que é um privilégio tocar com um cara que poxa, é o vocal do Iron. É uma banda que influenciou toda uma geração de músicos.
As ex-bandas dos membros do grupo eram consideradas "concorrentes" entre si. Como era a convivência entre Sepultura, Raimundos e Charlie Brown antes, e como é hoje com vocês dentro do mesmo projeto?
Na verdade eu acho que cada um tem um estilo muito diferente do outro. O Canisso é um cara que vem mais da onda punk-rock. Eu tenho mais uma formação de heavy metal e rock clássico. O Jean também veio de outra escola, assim como o Paul. O grande barato do projeto é isso, é cada um ser diferente do outro e poder somar as nossas diferenças.
Vocês conseguiram encontrar gostos musicais parecidos?
Bastante coisa. Apesar de cada um ter um estilo diferente, tem também as coisas em comum. O repertório do Rockfellas passa desde o punk-rock, o hardrock, heavy metal. É um apanhado geral e foi feito a partir de uma pesquisa das maiores músicas da história do rock, como se fosse um Guitar Hero de verdade. Então eu acho que pega um pouco do gosto de cada um, mas mesmo assim tem músicas que ninguém tinha tocado antes, como Stevie Wonder. Ninguém tinha tocado antes, e a gente até achou que não ia rolar. Mas acabou ficando uma das mais legais e a gente sempre toca no show.
Vocês procuram colocar o tom de vocês nas músicas ou seguem a risca as versões originais?
Em alguns casos a gente procura ser fiel ao que é a música original, até porque se trata de um clássico do rock que não dá para mudar. Mas em algumas músicas os andamentos são outros, as músicas mais antigas acabam ficando mais rápidas.
Do repertório, quais são as suas favoritas?
Tem várias. Eu gosto muito da própria versão do Stevie Wonder, que é o Superstition. Gosto do Megadeth também, Symphony of Destruction. É... sei lá! São muitas, Motorhead, AC/DC.
Entram músicas das bandas das quais vocês fizeram parte?
Entram. A gente bolou um lance que tem sido super legal no show que é uma mistura de três músicas, uma do Charlie Brown, outra do Sepultura e do Raimundos. É uma música só, mas ela mistura as três bandas. Ficou muito bom.
O projeto é para ser algo com data para terminar ou pode seguir em frente?
Tem data para terminar. Na verdade me parece que vai até o dia 3 de outubro. Esse que é o lance legal desse projeto, a gente está fazendo o que a gente gosta de uma maneira que a gente nunca fez. Está um clima muito legal, apesar de a gente ensaiar direto, tem aquele clima de férias. Estão todos tocando as músicas que a gente gosta muito.
Não tem nenhuma chance de continuar ou se repetir?
Existe sim. Não de continuar, pois agora em outubro o Paul volta para a Inglaterra, ele tem as coisas dele, e cada um segue com os seus projetos, o Canisso no Raimundos, eu no TH6 e o Jean no Sepultura. Mas ficou uma porta aberta para ter, de repente, um segundo capítulo da história. Pode ser um Rockfellas que vai abranger outro tipo de som.
Na estrada, teve a chance de vocês comporem juntos?
Pintou umas coisas bem legais que a gente pensa em gravar e aí vai ser questão de tempo. Ver se a gente pode se juntar numa outra situação com mais tempo e gravar. Mas eu falo em relação a versões de músicas. Não que não possa rolar músicas novas. O que rolar vai ser bem vindo, a gente está deixando o lance ir naturalmente.
Como é o seu relacionamento com os membros do Charlie Brown?
Eu não tenho muito contato com a galera. Tenho uma relação amigável com todos eles, mas a gente não se fala direto. Cada um está na sua correria.
Além do Rockfellas, o seu principal projeto é o TH6? Você deve seguir em turnê com a banda após o lançamento do CD?
Sim, a gente começa a turnê do CD agora em outubro.
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