Com um atraso de quase meia hora, a banda inglesa Echo & The Bunnymen subiu ao palco do HSBC Brasil, em São Paulo, na noite deste domingo (2) para apresentar seu disco mais recente, "Meteorites", lançado em junho deste ano. Esta é a primeira visita da banda ao Brasil desde 2010. Além de São Paulo, houve show no Rio, na Fundição Progresso, no sábado (1º).
Para quem esperava encontrar Ian McCulloch, 55, como nos seus clipes dos anos 80, a demora deve ter sido logo perdoada. As quatro décadas mudaram pouco o estilo do vocalista: o cabelo revoltado penteado para cima ainda está lá mais ralo, porém, há que se dizer, assim como o casaco preto e os óculos escuros.Segura o pedestal do microfone com o mesmo jeito daqueles tempos. A música que o grupo usa para abrir o show, porém, não tem nem um ano de nascimento. É a faixa-título do álbum novo, que, apesar de recente, se encaixa bem no repertório de sucessos.
O conhecido temperamento de falastrão também logo aparece. Terminada a primeira música, dá bronca na produção ao microfone. "Nós não usamos telões. Desliguem isso." Até então dois telões laterais exibiam imagens ao vivo do palco.
PanoramaMcCulloch, que não é de poupar autoelogios, já disse que considera "Meteorites" o melhor trabalho da banda em tempos. Um bom termômetro para a afirmação pode ser "Constantinople", que entrou no repertório desta noite e foi cantada com a ajuda de alguns fãs.
Apesar disso, o show, de cerca de uma hora e meia, é mais dedicado a dar um panorama da carreira do que a promover o álbum recente. Assim, diversos potenciais hits novos, como a boa "Lovers on the Run", ficam de fora. Além de composições próprias, também foram tocadas "When I Fall In Love", sucesso deNat King Cole, "Sex Machine", de James Brown ambas emendadas com "Do It Clean".Dos Doors, interpretaram "People Are Strange". "Vocês gostam de cantar junto? Então essa é para cantar junto", anunciou McCulloch, que é um dos dois únicos membros originais do Echo & The Bunnymen, ao lado do guitarrista Will Sergeant, 56.
O público foi obediente. Pelas reações calorosas neste e em outros sucessos -principalmente na sequência de "All That Jazz", "Bring on the Dancing Horses" e "The Killing Moon" e na de "Nothing Lasts Forever" e "Lips Like Sugar"-, foram diversos os agradecimentos do vocalista à plateia ao longo do show.
'AS MELHORES'A julgar pelo coro enlouquecido, McCulloch deve ter recobrado a sua certeza de que "The Killing Moon" é a "melhor música de todos os tempos", como disse à Folha em entrevista recentemente.
A "segunda maior música já escrita", como destacou ao microfone, "Ocean Rain", ficou para encerrar a noite, que mereceu duas sessões de bis da banda. No Rio, com problemas no som da Fundição Progresso, o grupo não voltou ao palco.
Enquanto cantava "Ocean Rain", McCulloch não resistiu a acender um cigarro, o último de uma série fumada em cena -e se solidarizou com a plateia, como um velho amigo. Meteu a mão no maço, pegou alguns e os lançou ao público.
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