A polêmica editora Judith Regan, que pretendia lançar um livro de O.J. Simpson sobre o assassinato da ex-mulher dele, foi despedida por ter feito declarações anti-semitas durante uma discussão com um colega, disse uma fonte do ramo na segunda-feira.
A fonte confirmou a reportagem do New York Times que afirmou que Regan deixou a HarperCollins, que publicava os livros do selo Regan Books, depois de uma discussão com o advogado judeu da empresa. A HarperCollins é uma divisão da News Corp., de Rupert Murdoch.
Segundo o jornal, pouco depois de Regan ter feito as declarações anti-semitas, Murdoch disse que não toleraria "esse tipo de comportamento", dando a ordem para que a executiva-chefe da HarperCollins, Jane Friedman, a dispensasse, bem no dia da festa de Natal dos funcionários da News Corp.
Regan, especializada em livros sobre celebridades, já está negociando seu próximo emprego, embora o The Wall Street Journal tenha afirmado que ela contratou o advogado de Hollywood Bert Fields para representá-la.
"Eles escolheram a guerra, e vou dar exatamente isso a eles", disse Fields, segundo o Wall Street Journal.
O que surpreendeu o mundo editorial foi o fato de Regan não ter sido demitida por causa do caso O.J. Simpson, que fez Murdoch derrubar pessoalmente o projeto do livro e de uma entrevista para a TV.
Foi um raro caso em que o magnata da mídia foi obrigado a recuar publicamente de uma decisão. Como ele tinha aprovado inicialmente o projeto sobre O.J. Simpson, ele não responsabilizou Regan diretamente e aparentemente o emprego dela estava garantido.
Na entrevista e no livro planejado por Regan, O.J. Simpson contaria como ele teria matado a ex-mulher Nicole Brown Simpson e o amigo dela, Ron Goldman, se tivesse sido o autor do crime.
Simpson foi absolvido no julgamento criminal, mas foi condenado por um tribunal civil. Ele sempre negou ter matado os dois.
A demissão de Regan põe em dúvida a continuidade do selo Regan Books, embora tenha sido nomeado um funcionário para ocupar seu lugar.
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