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Sete "taradas" argentinas invadem Curitiba neste fim de semana. Trata-se da pequena orquestra feminina Las Taradas, que se apresenta pela primeira vez na cidade amanhã, no 92 Graus, e domingo, no Café Parangolé.
Os shows fazem parte da turnê brasileira de divulgação de seu primeiro álbum, Son y Se Hacen, gravado em agosto do ano passado.
Que o público não se perca pelo erro que o falso cognato do nome da banda induz: Las Taradas em espanhol pode ser traduzido como "as loucas", sem conotação sexual.
Na música destas "meninas loucas", porém, há sensualidade e humor dentro de uma proposta de resgatar canções pouco conhecidas das décadas de 1940 e 1950.
Bolero, swing, jazz-rock e standards da canção popular de vários países compõem o repertorio emprestado de intérpretes e compositores, que vão desde Johnny Cash, Django Reinhardt, Mina Mazzini e Agustin Lara até Elvis Presley.
O som retrô e a energia no palco e nas gravações ecoam de projetos semelhantes, como o cultuado Squirrel Nut Zippers ou as big bands montadas pelo cartunista Robert Crumb.
A banda, muito popular na Argentina, surgiu há cerca de três anos por iniciativa de Luisa Malatesta (ukelelê e acordeão) e Lucia de Paco (guitarra). Elas reuniram um grupo de mulheres instrumentistas para recuperar do esquecimento melodias do passado. Chegaram à banda Encarnación de los Males (baixo), Cheetara Rodríguez (clarinete), Maricarmen Montenegro (trumpete), Exaltacion de la Cruz (violino) e Tia Nidia Lopez do Pandeiro (percussão).
Desde então, Las Taradas tem se apresentado com frequência em teatros, casas de shows e festivais em Buenos Aires e outras grandes cidades argentinas, como Córdoba, Mendoza e Bahia Blanca.
Em meio à agenda intensa, a banda produziu o seu primeiro álbum um EP havia sido lançado em 2010. Produzido por Lucy Patané e Pablo Hadida, o disco apresenta 18 canções com o toque pessoal dessas senhoritas.
Um dos destaques é uma versão de "Disseram Que Eu Voltei Americanizada", samba de Luiz Peixoto e Vicente Paiva composto para ser cantado por Carmen Miranda (1909-1955). Las Taradas cantam em português, com um gostoso sotaque portenho, que tenta imitar os trejeitos da Pequena Notável.