Quando descobre a cidade de origem do repórter, Seu Jorge interrompe a entrevista. “De Curitiba? Adoro a cidade e sou torcedor do Atlético Paranaense”, afirma. Sentado num sofá de seu bar, usando um tênis de cada cor e tomando o “undécimo” copo da cerveja artesanal que ele mesmo produz, o cantor falou sobre a carreira no cinema e projetos musicais.

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Por que você se mudou para Los Angeles?

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É a meca da indústria do entretenimento, onde tudo acontece. Todo artista precisa ir “rezar” lá pelo menos uma vez na vida. O que faz falta são as pessoas. Lembro de uma vez: tínhamos um dia livre em Chicago. Resolvi alugar uma limusine para dar uma volta na cidade, tava com dinheiro no bolso e queria tirar uma onda. Chamei o pessoal da banda para ir junto e você acredita que nenhum dos caras quis ir comigo? Na hora eu pensei, “pô, que bom seria se a turma do bar do Beto Régis, no Gogó da Ema, estivesse aqui.”

Irá trabalhar com músicos norte-americanos?

Sim. Estou trabalhando em algumas coisas com o Jack Johnson e o Antonhy Kieds (vocalista do Red Hot Chili Peppers). Ele tá super na boa, largou aquela coisa de drogas, tá superzen. Fui convidado para fazer a participação do Tom Jobim em um projeto que recupera o que ele gravou com Frank Sinatra. Será uma honra. Ele foi o cara que preparou o terreno para nós.

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Que papel gostaria de fazer no cinema?

Tinha vontade de ter feito o Jimi Hendrix [Seu Jorge foi cotado para o papel no filme All is By My Side, de John Ridley, que ficou com o cantor Andre 3000, do duo Outkast). Adoraria fazer um filme de ficção científica. E um com o Quentin Tarantino. Gosto muito dele.

O que ouve em casa?

Tenho ouvido muita música clássica. Eu sei cantar todos os movimentos do Lago dos Cisnes, do Tchaikowsky.