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Vídeo | Reprodução RPC TV
Vídeo| Foto: Reprodução RPC TV

Saem de cena os embates entre as gêmeas Paula e Thaís e o calçadão perde as curvas generosas de Bebel. A partir do dia 1º de outubro, o público passa a acompanhar a saga da pobre menina rica Maria Paula (Marjorie Estiano), que depois de perder os pais em um trágico acidente verá toda a sua fortuna usurpada pelo golpista Adalberto Rangel (Dalton Vigh). Essa e outras receitas típicas do novelão fazem parte de "Duas caras", trama que dará lugar à "Paraíso tropical" no horário nobre da Globo.

"Todo mundo sonha ter uma segunda chance, de mudar os rumos da própria vida. O Adalberto dá o golpe perfeito, troca de identidade, faz plásticas no rosto para não ser reconhecido e foge para um lugar distante", explicou o autor Aguinaldo Silva durante a entrevista coletiva realizada na terça-feira (18), no Projac, no Rio de Janeiro. "O Adalberto leva ao extremo essa idéia de ter uma nova vida. Mas todos os personagens, de alguma forma, terão suas duas ou mais caras".

A mudança de imagem, aliás, anda tomando tempo de Dalton Vigh. Por causa da "plástica" de seu personagem, o vilão está usando um implante de borracha no nariz. Ele e Marjorie Estiano foram os últimos a chegar na entrevista coletiva, pois estavam em gravação. "Além da prótese uso duas argolas para alargar o nariz. Esse Adalberto me dá um trabalhão", brincou o vilão de "Duas caras".

Enquanto a mocinha Maria Paula passará a trama tentando recuperar seus bens, o vilão Adalberto se tornará o poderoso empresário Marconi Ferraço. Com os milhões roubados da ex-namorada, o rapaz assume o comando de um empreendimento imobiliário de luxo, na Barra da Tijuca. Seus negócios serão ameaçados pelos moradores da favela Portelinha, que cresce com força na vizinhança, afastando possíveis clientes. A novela teve cenas rodadas em cidades como Recife, Olinda, Rio, São Paulo, Canela (no Rio Grande do Sul) e São Bento do Sul (Santa Catarina).

Repórter policial

Para ambientar as histórias que se passam na Portelinha, Aguinaldo Silva contou que recorreu às lembranças do tempo que foi jornalista. "Fui repórter policial, já subi morro, fiz muitas matérias em favelas. Mas não pretendo focar a história na violência ou tráfico de drogas. O que será mostrado é a vida na comunidade, a escola de samba, o cotidiano daquelas pessoas...", garante o autor.

É na Portelinha que se desenrolarão algumas das tramas de "Duas caras", como a do líder comunitário Juvenal Antena (Antonio Fagundes) e a história de Evilásio (Lázaro Ramos) e a estudante de cinema Júlia (Débora Falabella), um romance inter-racial com toques shakespeareanos. "Júlia faz parte de uma família da alta sociedade. Quando ela conhece o Evilásio o confunde com um assaltante", explica Débora. "Mas ela corrige o erro, os dois se apaixonam", completa.

"Acho que nunca é demais falar de preconceito racial. O fato de as pessoas usarem termos como ‘afro-descendente não significa que a discriminação deixou de existir: só virou algo politicamente incorreto", opina Silva.

Musa de "catigoria"

Se em "Paraíso tropical" Camila Pitanga foi a musa absoluta, quem deve se destacar no quesito sensualidade em "Duas caras" é Flávia Alessandra. Alzira, sua personagem, leva vida dupla: durante o dia é uma respeitável enfermeira, mãe de família, casada com Dorgival (Ângelo Antônio). À noite trabalha numa casa de massagem repleta de diversões adultas. "Não digo nem que é uma personagem sensual: Alzira é sexual! Ela tem um perfil totalmente rodrigueano", conta a atriz. "Estou fazendo aulas de danças sensuais e expressão corporal. O figurino é super ousado".

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