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Supla interpretando Mário Lago em cena do filme "Noel, poeta da Vila" | Divulgação
Supla interpretando Mário Lago em cena do filme "Noel, poeta da Vila"| Foto: Divulgação

O drama da Família Real britânica com a morte de Lady Diana chega às salas de cinema nesta sexta-feira (9). O surpreendente "A Rainha" (veja trailer), dirigido por Stephen Frears (Alta Fidelidade) é um dos concorrentes a Melhor Filme no Oscar deste ano. O longa-metragem também é indicado aos prêmios de Melhor Atriz, Diretor, Roteiro Original, Figurinos e Música.

O filme se passa basicamente durante a primeira semana a partir da morte de Lady Di em Paris, em setembro de 1997. Por ser uma figura muito popular, bastante carismática e muito envolvida nas questões sociais, a morte de Diana foi um choque que fez parar o mundo. Quem não entendeu nada foi Elizabeth II, afinal de contas Diana não era mais um membro da Família Real, o que torna a comoção "sem sentido". O silêncio da avó dos filhos de Diana, que aproveita o verão com a família no Castelo Balmoral, acaba levando os tablóides a cobranças diárias.

O mesmo faz a população em depoimentos para emissoras de televisão, que foram utilizados para a edição. Muitas outras imagens reais também foram aproveitadas, como uma entrevista de Diana e o assédio da imprensa sobre ela, o pronunciamento do então presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e de celebridades que estiveram presentes no funeral.Na posição de primeiro-ministro havia quatro meses, Tony Blair se vê na obrigação de convencer a matriarca da Família Real a realizar um funeral público diante da comoção nacional e internacional. Ao contrário de toda a pompa da Família Real, Blair é exposto no filme como um homem de vida simples e preocupado com os rumos a que a falta de lamento da rainha pode levar.

Enfim, após uma semana, a rainha é convencida a se pronunciar. É quando acontece a seqüência que talvez seja a mais importante do filme, quando Elizabeth II abandona as férias de verão e chega ao palácio real, em Londres, e se depara com uma multidão de um lado e milhares de flores e cartões em homenagem a Lady Di do outro. Do início ao fim, Elizabeth II é mostrada como uma rainha aparentemente fria, com brevíssimos momentos de sensibilidade. Esta semana, a rainha teria declarado que jamais assistirá o filme, jsutificando que acha estranho ver outra pessoa no seu lugar, vivendo o que ela viveu, além de declarar que não se sentiria confortável para reviver esse doloroso acontecimento.

Melhor Atriz

Se as apostas se confirmarem, Helen Mirren levará a estatueta por sua atuação como Elizabeth II, a exemplo do Globo de Ouro 2007. O roteiro de Peter Morgan também foi premiado nesta que é considerada uma prévia do Oscar. Mirren já havia interpretado o mundo da realeza em Elizabeth I, pelo qual venceu o Emmy de Melhor Atriz. Ela também pode ter a atuação conferida, na sua vasta lista de longas-metragens, em filmes como "As Loucuras do Rei George" (1994) - Melhor Atriz no Festival de Cannes - ou "Assassinato em Gosford Park" (2001). Por estes filmes, Mirren foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

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