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Este ano vai ser marcado como aquele em que o rap americano tornou-se humilde, segundo reportagem do "New York Times". O jornal nova-iorquino publica um artigo intitulado "2006 emerge como o ano em que o rap pensou localmente", mostrando como os novos artistas do gênero mantêm a atitude marrenta, a voz marcante, as rimas com palavrões, xingamentos e frases derrisórias. Mas ser um multitriliardário com discos de platina parece não interessar mais aos rappers, segundo Kelefa Sanneh, autora da reportagem.

Ela usa como exemplo Torrence Hatch, um jovem de 23 anos de Baton Rouge que adotou o nome de Lil Boosie e lança nesta quinta-feira seu CD "Bad Azz", uma associação da Trill/Aslyum/Warner. "Lil Boopsie está longe de ser o rapper do ano. Mas você pode dizer que este vem sendo um ano definido por rappers como ele, caras da vizinhança com sonhos modestos. Esqueça os sonhos de sucesso multiplatinado".

A reportagem lembra que não faz muito tempo, rappers gastavam fortunas comprando aviões particulares e iates luxuosos. Agora isso mudou: não há mais um artista que capitalize tantas vendas para se tornar multimilionário com suas rimas. Kelefa escreve que, neste ano, apenas um CD de rap, "King", de T.I., vendeu mais de um milhão de cópias.

"A não ser que você seja um executivo das gravadoras, ou um vendedor de iates, este estado de coisas - uma era em que rappers pensam localmente e algumas vezes vendem também deste jeito - não é nada para se reclamar. Fica mais fácil para os fãs se informarem sobre as cenas regionais, do movimento spage-age hyphy de Bay Area aos ritmos de batidas pesadas de Baltimore".

Leia mais: O Globo Online

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