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O Jazz Meeting Ensemble, formado por 13 músicos mais o gaitista convidado William Galison | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
O Jazz Meeting Ensemble, formado por 13 músicos mais o gaitista convidado William Galison| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Serviço

Curitiba Jazz Meeting

Guairinha (R. XV de Novembro, 971), (41) 3322-2628, e Guaírão (Pça. Santos Andrade, s/nº), (41) 3304-7900. De hoje a domingo, às 20h30. No Guairinha, os ingressos custam R$ 80 (plateia) e R$ 20 (balcão). No Guairão, R$ 160 (plateia, da filas A a M), R$ 80 (fila N até o final), R$ 40 (1º balcão) e R$ 20 (2º balcão). Todos os ingressos possuem meia-entrada e 50% de desconto não cumulativo para associados do Cartão Teatro Guaíra e Clube do Assinante Gazeta do Povo.

Programação

Confira os shows do Curitiba Jazz Meeting 2012. De hoje a sábado, a programação acontece no Guairinha. No domingo, o concerto será realizado no Guairão.

Hoje

Workshop com músicos do Jazz Meeting (entrada franca)

Amanhã

Quarteto – Santiago Beis (piano), Gabriel Castro (saxofone), Cris Julian (baixo) e Eduardo Sallum (bateria)

Sábado

Jazz Meeting Ensemble, com André Dequech e William Galison

Domingo

Jean-Luc Ponty e Orquestra Sinfônica do Paraná (Guairão)

Um workshop voltado para estudantes e músicos, com entrada franca, abre hoje, no Guairinha, a programação do Curitiba Jazz Meeting, que segue até o domingo, com encerramento no Guairão.

Os destaques da programação começam amanhã, com a apresentação do quarteto formado pelo pianista uruguaio Santiago Beis, pelo saxofonista argentino Gabriel Castro e os curitibanos Cris Julian (baixo) e Eduardo Sallum (bateria).

A formação, batizada simplesmente como Quarteto, funde as influências uruguaias de Beis, um difusor do candombe, um ritmo folclórico do país, com a tradição argentina de Castro e o "sotaque curitibano" dos músicos paranaenses – de acordo com o diretor artístico do Jazz Meeting, André Geraissati, um traço que distingue o jazz feito aqui.

A prova sonora da tese do músico paulista, conhecido por ter tocado ao lado de nomes importantes como Egberto Gismonti, pode ser conferida no show do sábado, que reúne novamente a Jazz Meeting Ensemble – banda formada por flauta, oboé, clarinete, fagote, violoncelo, trompete, trombone, baixo, bateria e piano. O convidado estrangeiro, neste ano, é o gaitista americano William Galison.

São dez músicos paranaenses e três mineiros – um deles é André Dequech, responsável pelos arranjos e pelas composições de metade do programa apresentado pelo conjunto.

"Essa banda é muito singular, com uma sonoridade que não tem em nenhum lugar do mundo. Criamos em 2008 e quisemos que ela fosse a síntese do festival. É uma ideia que nasceu aqui e que queremos levar para rodar o país, deixando claro que tem um sotaque curitibano. Há uma personalidade jazzística própria do Paraná e Curitiba", defende Geraissati.

"O comportamento do músico daqui é muito próprio, diferente do dos cariocas, por exemplo, à maneira das diferenças entre os jazzistas nova-iorquinos e os da costa oeste dos Estados Unidos."

No domingo, o convidado mais prestigiado do festival, Jean-Luc Ponty, sobe ao palco do Guairão com a Orquestra Sinfônica do Paraná.

O influente violinista francês de formação clássica – conhecido por ter tocado com alguns dos principais nomes do fusion e do jazz-rock, como Herbie Hancock e Frank Zappa – criou arranjos de onze peças de sua autoria especialmente para a orquestra. "O que vai acontecer em Curitiba é algo inédito", diz o maestro Osvaldo Ferreira. "É o Jean-Luc Ponty – o que, por si só, já merece que se saia de casa para vê-lo. Mas também um programa exclusivo", diz.

Sobre a relevância de Ponty, Geraissati explica que o violinista, pioneiro nos experimentos com seu instrumento, foi um dos personagens mais importantes desta escola do jazz – em sua opinião, a última grande inovação do gênero, no fim dos anos 1960.

"O jazz estava sem saída e resolveu adotar a pegada do rock. Essa música se cristalizou, surgiram Chick Corea, Weather Report, as bandas lotavam estádios de futebol", conta Geraissati. "Hoje, não consigo ouvir alguma novidade expressiva. Estamos sempre reouvindo ecos muito bem-feitos do que já teve seu ápice", diz o músico.

Encontros como o Curitiba Jazz Meeting, portanto, teriam sempre a missão de descobrir novos caminhos. "Nossa expectativa é essa. Mas não dá para chegar e dizer: ‘vou fazer uma obra-prima’. Se ela aparecer, ótimo, mas se não aparecer, também está tudo bem."

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