Mesmo vencedores de duas Palmas de Ouro, os irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne não ganharam uma boa recepção para o filme “La Fille Inconnue” (“A Garota Desconhecida”), exibido na manhã desta quarta-feira (18), no Festival de Cannes. Os aplausos não foram fervorosos e os jovens críticos chegaram a vaiar. Alguns criticaram a narrativa excessivamente fria e por deficiências na atuação de Adèle.
No drama, Jenny Davin (Adèle Haenel), uma médica no início de carreira, recusa-se a atender uma imigrante africana fora do expediente. Quando a moça é encontrada morta no dia seguinte, Jenny sente-se culpada e tenta descobrir a identidade da vítima – o que posiciona o filme para o campo do dilema moral e abre discussão para a questão dos menos afortunados.
Durante coletiva de imprensa, os irmãos negaram que o filme relacione, de certa forma, a atual relação dos europeus com os refugiados. “Pertence ao espectador essa interpretação”, disse Luc Dardenne. Segundo ele, as mulheres de seus filmes sentem-se responsáveis, são livres e fazem a sociedade ir em frente. “Não estamos mandando uma mensagem. Não estamos dizendo que todo o mundo deve agir como Jenny.”
O filme anterior dos irmãos Dardenne, “Dois Dias, Uma Noite” (2014), foi sucesso de bilheteria nos Estados Unidos e chegou a valer uma indicação ao Oscar de melhor atriz para Marion Cotillard. Os filmes “Rosetta” (1999) e “A Criança” (2005) foram premiados com o Palma de Ouro.
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