
Há mais de um ano, de repente, Carla Vendrami (1962-2009) morreu da doença de Crohn, que atinge o intestino, e deixou inacabado o projeto do livro que faria um apanhado de sua carreira e também apontaria para planos futuros. Em memória da artista, um coletivo de pessoas ligadas pelo amor a Carla decidiu levar o projeto adiante e concluir o livro um desfecho simétrico (e poético) para uma obra marcada por ideias sociais e de coletividade.
Hoje, às 19 horas, o livro Carla Vendrami Trajetória será lançado no Museu da Gravura, dentro do Centro Cultural Solar do Barão. O cuidado com a edição é evidente nos textos e nas fotos. Críticos e pesquisadores aceitaram escrever sobre os trabalhos de Carla, enquanto amigos e familiares da artista ponta-grossense se ocuparam de uma série de informações que incluem cronologia da vida e da obra, mais um capítulo só de referências bibliográficas.
Ex-aluno e amigo de Carla, André Rigatti foi um dos que se empenharam para concluir o livro, ao lado do irmão da artista, Antonio Malucelli. Os dois acompanharam o processo enquanto ela, mesmo doente, dedicava noites e fins de semana para entregar a proposta. O esforço deu resultado e ela conseguiu a aprovação dentro da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
"Carla vislumbrava a possibilidade de explorar as questões da 'alteridade' ou das diferentes relações com 'o outro', presente tanto em sua produção acadêmica como pesquisadora e professora quanto na qualidade política e humanitária que permeava (...) suas propostas artísticas", escreve o arquiteto Rubens Portella, na apresentação da obra.
Entre as referências bibliográficas, estão o portfólio da artista, trabalhos acadêmicos e vários contatos feitos na Europa. O crítico italiano Roberto Pinto espera que "uma leitura mais distanciada dos fatos, no tempo e no espaço, como propiciada por este livro, possa fazer compreender na perspectiva correta, atribuindo-lhe o justo valor, todo o trabalho de Carla Vendrami".
Serviço:
Lançamento do livro Carla Vendrami Trajetória (Maxi Editora, 216 págs., R$ 15) no Museu da Gravura Centro Cultural Solar do Barão (R. Carlos Cavalcanti, 533), (41) 3321-3240. Hoje, às 19 horas. Entrada franca. Depois do lançamento, o livro será vendido no Solar do Barão.
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