A EMI e a Warner Music estão travadas em uma disputa de mão-dupla no valor de US$ 4,6 bilhões nesta quarta-feira. Cada uma está tentando adquirir a outra para criar uma gigante da música mundial que reduzirá a indústria fonográfica a três grande gravadoras.

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A londrina EMI Group, que tem em seu portfólio, entre outros, a banda Coldplay e o cantor Robbie Williams, declarou que rejeitou oferta de 2,5 bilhões de libras esterlinas (US$ 4,6 bilhões), em dinheiro, feita pela rival americana, por considerá-la "totalmente inaceitável".

Ao mesmo tempo, a EMI revelou que tinha aumentado sua oferta de compra pela Warner Music, cujo portfólio inclui Madonna e Red Hot Chili Peppers, para US$ 31 a ação ou US$ 4,6 bilhões no total, contra proposta original de US$ 28,50, feita em maio. A nova oferta, porém, também foi rejeitada.

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"A EMI continua a acreditar que a aquisição da Warner Music pela EMI por US$ 31 por ação em dinheiro, seria muito atraente para os dois grupos de acionistas e iria adicionar valor aos acionistas da EMI, que é muito superior à proposta revisada da Warner Music", divulgou a EMI.

A Warner Music preferiu não comentar o assunto.

Conselheiros financeiros das duas companhias ainda estão discutindo possibilidades, segundo fontes próximas da situação, embora não esteja claro se alguma das empresas está em posição de elevar sua oferta novamente.

No final das contas, os analistas acreditam que será acertado um acordo entre as duas gravadoras por causa da lógica inerente da combinação.

Uma tentativa de fusão das companhias em 2000 foi rejeitada por agências reguladoras antitruste da Europa e a EMI perdeu a chance de ganhar o controle sobre a Warner Music quando a Time Warner a vendeu, em 2003.

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