É bom avisar: o espectador não deve ir ao cinema pensando que Antônia – O Filme, de Tata Amaral, é um novo Cidade de Deus. Assim como o filme brasileiro de maior sucesso no exterior nas últimas décadas gerou uma série de tevê, o projeto da diretora paulista também acabou parando na televisão. A diferença é que o longa chega depois às telas. Tata se inspirou claramente no processo de trabalho de Fernando Meirelles, mas a estética de Antônia é completamente diferente daquela de Cidade de Deus. A cineasta opta por usar a câmera na mão em quase todos os planos do filme, exercício que utilizado ao extremo cansa o espectador, pela movimentação vertiginosa e, às vezes, desordenada nas cenas – e esse fato prejudica um pouco o acompanhamento da fita.

CARREGANDO :)

A estrutura da história é semelhante a muitos filmes sobre bandas, com o início feliz seguido de grandes percalços na vida das protagonistas – ou seja, dramaticamente, não há grandes novidades. Mas a produção consegue se aproximar do público com personagens e situações comuns a muitas pessoas – e com a vantagem que as meninas do grupo Antônia, que se saem bem como atrizes, já conquistaram a empatia da audiência depois do sucesso da série da tevê. GGG

Publicidade