Ela largou um emprego público, estável. Ele deixou de lado uma empresa de sistemas de automação. Venderam o apartamento, todos os móveis da casa e dois carros. Hoje vivem com apenas uma mochila e uma mala de mão. É o preço que pagam para estarem cada mês em um lugar, trabalhando com o que gostam sem perder a liberdade dentro de um escritório todos os dias.
Gostou do tema?
Quer saber mais sobre as profissões do futuro? Você vai conhecer de perto profissionais que estão em áreas promissoras e saber quais caminhos percorreram para sair na frente. Se ficou interessado e quer ouvir dicas sobre o tema, não pode perder a próxima edição do Papo U da Gazeta do Povo que será realizado no dia 30 de novembro no Museu Oscar Niemeyer (MON).
Além da mediadora Mariana Ayres, gamer da Microsoft, o evento conta com os palestrantes Nayane Morais, programadora da Mirum Agency; Diego Ximenes, um dos fundadores da 99 jobs; Jean Gustavo Hansen, professor e fundador do Boot (uma plataforma de aulas online) e o casal de nômades digitais Thaisy Sluszz e Roger Cerqueira Leite. Haverá também show com a banda The Folkin´Dads e comidas do food truck Nebraska Burgers.
Vagas limitadas. Inscreva-se em www.gazetadopovo.com.br/papou
Data: 30/11
Horário: 19h
Local: Museu Oscar Niemeyer (MON) – Rua Marechal Hermes, 999.
Thaisy Sluszz, 34 anos, e Roger Cerqueira Leite, 33, são nômades digitais e responsáveis pelo site Diário Nômade. Casados, estão na estrada há dois anos e neste tempo moraram em 25 países. A profissão que escolheram ainda é bem recente, mas promete ganhar nos próximos anos cada vez mais adeptos que pensam como eles: a maior experiência profissional é conhecer lugares diferentes, saber como as pessoas vivem e ver a rotina dos outros sem ter a própria. O casal está em Curitiba, mas no início do ano que vem volta para a estrada. Mas, antes disso, eles participam do próximo Papo U da Gazeta do Povo que acontece no dia 30 de novembro, às 19h, no Museu Oscar Niemeyer com o tema “As profissões do futuro”. Confira a entrevista com a Thaisy.
Como nasceu a ideia de largar tudo e viver pelo mundo?
Nos conhecemos em um mochilão pela Bolívia em 2012. Na época eu trabalhava na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em São Carlos (SP), e ele era dono de uma empresa de sistemas web. Tinha um escritório, mas também fazia home office. O meu trabalho era muito burocrático, com horário rígido e com pouco resultado de fato. Adorava correr no parque no meio da tarde, mas batia ponto sempre às 18h e por isso nunca conseguia. O que eu queria era viajar, ter um horário mais flexível.
Então, depois que nos casamos começamos a pensar como faríamos para poder viajar mais. Pesquisamos e inicialmente pensamos em juntar dinheiro por uns cinco anos e depois sair de carro e dar volta ao mundo. Mas o problema era de onde tirar uma renda para no mantermos. Aí chegamos à conclusão de que poderíamos fazer nosso trabalho apenas online e atender clientes em qualquer lugar.
Foi um processo difícil essa migração para o virtual?
Eu sou agrônoma mas também estudei relações públicas. Então usava minha habilidade em comunicação quando ainda era funcionária pública. Peguei esse conhecimento e transformei-o em digital. Fiz muitos cursos online, aprendi marketing digital. A partir daí, em 2013, foi jornada dupla. Trabalhava na Embrapa durante o dia e à noite cuidava da empresa que eu montei, de marketing. Quando ela se estabilizou no mercado - e surpreendentemente foi rápido - pedi demissão.
Em 2014 partimos para conhecer o resto da América Latina. Preferimos ficar perto porque seria mais fácil voltar para casa caso desse algum problema com a empresa. Depois de três meses fomos para a Europa. Nesse meio tempo tivemos que vir apenas uma vez ao Brasil, para resolver assuntos burocráticos.
Como é a “rotina” de um nômade digital?
Também temos a rotina chata de trabalho diário. Como nossos clientes são brasileiros, tentamos estar disponíveis – online – no horário comercial daqui. Mas estando na Europa temos 5 horas de vantagem e isso é ótimo porque pela manhã podemos passear, caminhar pela cidade onde estamos, almoçar e só depois começar a trabalhar. Se queremos passar um dia todo em algum evento, por exemplo, é só deixar tudo previamente programado, mas sempre com os celulares a postos para alguma eventualidade. Mas, em geral, é uma vida livre, tranquila. Vivemos nos locais como moradores, não como turistas. Isso nos permite conhecer as culturas de fato.
Como ganhamos em real e não em dólar, fazemos muita economia. Tentamos sempre pegar promoção de passagem aérea, alugamos apartamento pelo Airbnb, e partimos de uma cidade central para daí fazer as mais próximas, gastando menos com transporte.
Para quem quer ter a mesma profissão, é preciso estar dentro de uma área específica?
Acho que para ser um nômade e viver de um trabalho online tem que pensar mais no produto do que na área. Você pode, por exemplo, criar um sistema na área rural e ser nômade. Tudo vai depender do modelo de negócio. Mas claro que dominar tecnologia da informação e marketing digital ajuda. Assim como fazer cursos online. Estas são as tendências para as profissões do futuro. Depois é preciso planejamento e ter em mente que terá que desapegar. A gente nunca passou perrengue, muito pelo contrário. Não sentimos falta de nada.
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