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Um grupo de jovens profissionais de Curitiba e São José dos Pinhais acaba de receber a primeira parcela de uma verba destinada a impulsionar a música paranaense. Quem vai bancar o projeto, pelo menos nos primeiros dois anos, é o Ministério da Cultura (MinC). A idéia do grupo, que ganhou o nome de Caderno Brasil Musical, foi uma das selecionadas pelo governo para se transformar em Ponto de Cultura. Ou seja, ganhará R$ 165 mil para, durante 24 meses, alavancar um programa de difusão de arte e cultura.

O Caderno Brasil Musical é composto de três atividades. A primeira, que já está sendo desenvolvida, é um site que servirá como banco de dados na internet sobre os artistas, grupos e bandas do estado. Serão incluídas as mais diversas tendências, desde que se trate de trabalho autoral (ficam de fora os grupos que vivem de covers). O site será alimentado pelos próprios usuários, no sistema wiki, o mesmo em que se baseia a famosa enciclopédia virtual Wikipédia (www.wikipedia.org). Cada internauta acessa a página e coloca as informações que considera relevantes. Outros vão entrando e modificando até que o dado se torne mais preciso.

A segunda etapa inclui a construção de um estúdio. A idéia é registrar músicas de grupos locais a baixíssimo custo. As bandas que passarem por um teste de qualidade, a ser realizado em parceria com professores de instituições de ensino superior, poderão usar o local para fazer seus CDs. "Estamos em busca de parcerias para decidir onde será construído o estúdio", afirma Leopoldo Magno Guimarães, um dos idealizadores da proposta.

A terceira etapa junta as duas primeiras fases. Trata-se de disponibilizar via web o material gravado no estúdio. Desde o começo, as faixas gravadas serão armazenadas no site, em formato mp3. No entanto, mais adiante, o projeto prevê a instalação de uma rádio virtual. No princípio, a programação deverá ser composta 80% por música de outros estados e 20% por música paranaense. Depois, conforme o repertório local disponível aumente, a proporção mudará em favor dos locais.

A proposta foi levada ao MinC por Guimarães em parceria com outros sete colegas, que fazem parte de um aglomerado de empresas, todas com sede em São José dos Pinhais. Eles também tiveram o apoio do Programa Software Livre do Paraná. Além deste, os integrantes do grupo, que vem sendo chamado de Núcleo Arco, têm outros seis projetos inscritos em programas do MinC e da Petrobrás.

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