Os curitibanos que apreciam jazz e música instrumental têm uma oportunidade única na noite de hoje: o percussionista Marco Lobo apresenta-se ao lado dos alemães Walter Lang (piano) e Sven Faller (baixo) no Original Beto Batata. Lang e Faller fazem parte do trio Elf, que reinventou a formação clássica do chamado trio piano jazz, sobretudo, pela utilização de grooves e sons da dance music como base para a improvisação.O conjunto europeu é formado, além do pianista e do baixista, pelo baterista Gerwin Eisenhauer, que não veio ao Brasil. E, com essa formação, Lobo e os dois alemães mostraram uma musicalidade incomum para mineiros, paulistanos, gaúchos e, finalmente, a apresentarão aos curitibanos a breve turnê brasileira se encerra hoje.
Lobo conta que alguns motivos, os mais emocionais possíveis, fizeram com que ele escolhesse esse espaço, no Alto da XV, para se apresentar em Curitiba. Em janeiro, o músico baiano esteve na capital paranaense e foi convidado a exibir a sua musicalidade em diversos espaços. Gostou de estar em todos os palcos, do Full Jazz ao Wonka, mas foi no Beto Batata que sentiu a melhor atmosfera.
Curitiba é uma cidade que está no caminho do instrumentista faz tempo. Já passou pela capital paranaense acompanhando artistas como Marisa Monte, João Bosco e Milton Nascimento no momento, ele faz parte da formação musical que atua com Maria Bethânia.
Mas, durante as estadas curitibanas, além dos compromissos profissionais, Lobo encontra brechas na agenda para se encontrar com jazzistas locais, que ele admira e de quem é amigo, entre os quais o baixista Glauco Sölter, o baterista Endrigo Bettega e o saxofonista Hélio Brandão.
Baião e cajón
Lobo anuncia que o repertório da noite de hoje fará um passeio pela música mundial, com espaço para baião, baladas, maracatus, jazz e samba. O show é quase totalmente autoral, a partir de músicas do trio Elf e do próprio Lobo e, talvez, uma e outra do Milton Nascimento.
O flerte com a música eletrônica acontece a partir da intenção com que Lobo toca alguns instrumentos, como o berimbau e o cajón. "Não usamos computador nem sintetizadores. Dialogamos com a dance music, mas fazemos todos os ritmos no modo manual", diz.
O público tem aplaudido essa experimentação, de Munique a Porto Alegre. "A química entre nós funcionou desde o primeiro encontro, há pouco mais de um ano", conta, entusiasmado, o baiano que gosta de batuques.
Serviço:
Marco Lobo. Original Beto Batata (Rua Professor Brandão, 678, Alto da XV), (41) 3262-0840. Hoje às 20h30. Ingressos a confirmar.
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