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Aos 23 anos, Laura Marling conduz o ouvinte por suas desilusões amorosas | Divulgação
Aos 23 anos, Laura Marling conduz o ouvinte por suas desilusões amorosas| Foto: Divulgação
  • CD- Once I Was an Eagle - Laura Marling. EMI. R$ 31,90. Folk.

A britânica Laura Marling tem apenas 23 anos e está entre as unanimidades da música folk. Não bastasse acumular indicações (e vitórias) nos principais prêmios de música do Reino Unido desde a estreia em disco, em 2008, ela é parceira dos não menos incensados Mumford and Sons e Noah and the Whale. Agora, com o lançamento de Once I Was an Eagle, que acaba de chegar ao Brasil, Laura passou a ser comparada a ninguém menos que Bob Dylan e Joni Mitchell.

Quarto álbum da cantora, Once... ganhou também o público, ficando cinco semanas entre os mais vendidos – uma façanha para um disco folk. E olha que o álbum está longe dos temas solares que normalmente dominam as paradas de sucesso: como um bom disco do gênero, Once... é uma dolorosa (e ao mesmo tempo belíssima) ode à dor de cotovelo.

A diferença está na maneira como Laura conduz o ouvinte pelos descaminhos de suas desilusões amorosas. Compositora hábil apesar da pouca idade, ela constrói Once... em três atos distintos, separados pelo conteúdo das letras e pela sonoridade empregada – mas sempre acompanhada de uma cozinha vibrante que lembra as incursões do Led Zeppelin pelo oriente.

Nas quatro primeiras faixas, tocadas como se fossem uma única música, Laura canta entredentes, tensa, como que mastigando as palavras. O jogo vira na quinta música, Master Hunter, com a cantora se colocando como fêmea poderosa e segura.

Na terceira parte, Laura canta sussurrando e relaxada, acompanhada de um Moog. Em "Saved These Words", encerra cantando que "Você não foi minha maldição, mas obrigada, ingenuidade, por falhar comigo novamente".

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