Criatividade e irreverência foram marcas do desfile| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Meninas de minissaia, só de sutiã ou baby-doll, colegiais com maquiagem impecável, purpurina no corpo todo e até senhoras de respeito, carregando as namoradas a tiracolo, estremecem os paralelepípedos de Antonina. Segunda-feira de carnaval é sempre noite do Baile das Escandalosas. Todas essas meninas são, na verdade, estivadores, mecânicos, comerciantes e outros senhores que, fora do carnaval, dificilmente estariam à vontade em vestidos e acessórios femininos.

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A tradição de mais de 40 anos de Antonina diz que é dia de homens se vestirem de mulher. A festa começou com a competição para escolher a fantasia mais elaborada. O prêmio deste ano foi, pela primeira vez, para o feirante curitibano Odorico Marquezine, vestido como noiva, de tiara e tudo. Ele compete há 28 anos. "Comprei esse vestido em um bazar para ajudar uma entidade social de Curitiba. Não achava que iria ganhar. Na hora que anunciaram que o primeiro lugar ia para a ‘noiva’, meu coração foi pra boca", disse, ainda animado com a premiação – um troféu em forma de boneca Barbie, com a inscrição "Brilhei no carnaval de Antonina. Ai, como eu sou bandida!".

Desfiles

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Na noite de domingo, a festa foi na Avenida do Samba. O desfile das seis escolas de samba de Antonina começou às 21 h e durou até a madrugada, com público de aproximadamente 50 mil pessoas.