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O escritor irlandês John Banville foi anunciado nesta quarta (4), na cidade espanhola de Oviedo, como o vencedor do prêmio Príncipe das Astúrias das Letras. Segundo o júri da premiação, Banville foi premiado "por sua inteligente, profunda e original criação". A candidatura do irlandês, nascido em Wexford em 1945, foi proposta pelo vice-diretor da Real Academia Espanhola, José Antonio Pascual Rodríguez, e pelo embaixador da Espanha na Irlanda, Javier Garrigues. Nas últimas rodadas de votação ele superou o japonês Haruki Murakami e o inglês Ian McEwan. Ao todo, ele concorria com 24 candidaturas, procedentes de 14 países. Sua obra "mostra uma análise intensa de complexos seres humanos que nos prendem em sua queda à obscuridade da vileza ou em sua fraternidade existencial", disse o júri da Fundação Príncipe das Astúrias. O primeiro livro de Banville, "Long Lankin", uma compilação de contos curtos, foi lançado em 1970, seguido por "Nightspawn" (1971) e "Birchwood" (1973), seus primeiros romances. Muitas de suas obras são assinadas com o pseudônimo Benjamin Black. O autor morou entre 1968 e 1969 nos Estados Unidos e, ao retornar para a Irlanda, trabalhou no jornal "Irish Press". Após o fechamento da publicação, em 1995, foi nomeado subdiretor do "Irish Times", onde desempenhou também o cargo de editor literário até 1999. Desde 1990, colabora com o "The New York Times Review of Books". O irlandês já recebeu outros prêmios ao longo da carreira, como o Allied Irish Banks' Prize (1973), o Arts Council Macaulay Fellowship (Irlanda, 1973) e o Lannan Literary Award (EUA, 1997). O Man Booker Prize -condecoração mais cobiçada no Reino Unido- foi conquistado em 2005 com o livro "O Mar", assinado por ele mesmo. Alguns críticos consideram Banville o "herdeiro natural" de Vladimir Nabokov por sua prosa precisa e humor negro na voz do narrador, enquanto estudiosos da literatura como George Steiner o classificaram como "o escritor de língua inglesa mais inteligente". O Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras é o quinto dos oito concedidos pela Fundação Príncipe das Astúrias. Em anos anteriores, a categoria foi vencida por autores como Antonio Muñoz Molina, Philip Roth, Leonard Cohen, Amin Maalouf, Ismail Kadare e Margaret Atwood.

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