O escritor americano Jim Harrison, que explorou a natureza na sua literatura, em obras como “Lendas da Paixão”, faleceu no último domingo (27), aos 78 anos
Harrison, que morreu em sua casa na cidade de Patagônia, Arizona, tinha a reputação de rústico lobo solitário, alheio à cena literária da costa leste.
Ele foi autor de 21 obras de ficção e 14 livros de poesia, bem como ensaios e histórias infantis.
Bebedor, fumante e também maníaco-depressivo, a obra literária de Harrison refletia seu amor pela natureza selvagem, caça e pesca.“Os Estados Unidos perderam um de seus melhores escritores e nós, um membro da nossa família”, declarou a editora Grove Atlantic.
Harrison acabara de publicar um romance, “The Ancient Minstrel”, e um livro de poesia, “Dead Man’s Float”.
Macho
Nascido em Grayling, no estado de Michigan, Harrison cresceu no meio rural e teve uma infância difícil: ficou cego de um olho quando criança e perdeu o pai e a irmã em um acidente de carro quando tinha 21 anos.
Descrito como um escritor “macho”, ao estilo de Ernest Hemingway, Harrison sempre dizia que a comparação era resultado dos temas que ambos abordavam.
“Só posso dizer que esta questão de ser ‘macho’ é porque meus personagens não saem dos sonhos urbanos”, disse.
Seu primeiro romance, “Lobo”, lançado em 1971, conta a história de um homem que persegue um lobo na floresta de Michigan.
Seu livro mais célebre é “Lendas da Paixão” , lançado em 1979. O livro reúne três histórias cujo pano de fundo é a natureza das Montanhas Rochosas, cadeia que se estende do Canadá até a área central do estado norte-americano do Novo México.
O livro foi transformado em filme em 1994, com Brad Pitt e Anthony Hopkins nos papéis principais.
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