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 | Arquivo pessoal
| Foto: Arquivo pessoal

Neta de imigrantes poloneses, a escritora Monika Gryczynska formou o hábito da leitura inspirada em um tio. Quando casou, aos 17 anos, o marido se irritava quando ela o acompanhava na pescaria e acabava na sombra de uma árvore lendo um romance. "Acho maravilhoso as pessoas poderem usufruir de tantas histórias e ideias", diz Monika. Aos 90 anos, ela resolveu se desapegar de boa parte de sua biblioteca pessoal e doou 400 obras para a Tuboteca, mas manteve seus "xodós", como a coleção do escritor Jorge Amado. Monika, que começou a escrever romances depois que ficou viúva, aos 76 anos, também colocou para circular seus cinco livros publicados (um deles está disponível somente no blog http://monikagryczynska.wordpress.com). Quando não está escrevendo – em média três horas por dia, no escritório com o restante de sua biblioteca, computador e um grande dicionário –, ou assistindo a "suas novelinhas" à noite, Monika anda pela casa sempre acompanhada de um livro. "Quero que Deus me ajude a ler e escrever até o fim da vida."

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