A literatura e o setor editorial brasileiro tomarão a partir de amanhã a Feira do Livro de Frankfurt, a maior do mundo no setor e que terá o Brasil como convidado de honra ao reunir uma delegação de aproximadamente 90 escritores.
Sob o lema "um país cheio de vozes", a apresentação brasileira em Frankfurt enfatiza a diversidade, já que, entre outras coisas, nota-se que a seleção de escritores priorizou artistas de diversos gêneros e de todas as regiões do país.
O pavilhão de 2,5 mil metros quadrados reservado ao país convidado, que será inaugurado amanhã, foi projetado pela cineasta Daniela Thomas e pelo arquiteto Felipe Tassara.
"Nossa ideia não é explicar nosso país. O que queremos é apresentar as energias criativas que se expressam em uma mistura de influências que mudam permanentemente", explicou Daniela Thomas em declarações recolhidas pelo site da feira.
Entre os escritores convidados para representar o Brasil em Frankfurt, uma ausência se sobressai: a de Paulo Coelho, que, mesmo com o 25º aniversário do lançamento de "O Alquimista" - uma de suas principais obras -, cancelou sua participação na feira em um protesto pelos "não convidados".
No entanto, a lista de escritores selecionados não se resume aos nomes mais conhecidos e, inclusive, abre espaço para gêneros que ainda desejam chegar ao grande público.
A lírica, por exemplo, estará representada por autores como Adélia Prado, Affonso Romano de Sant'Anna, Age de Carvalho e Alice Ruiz.
Alguns desses autores também caminham por outros gêneros, caso de Adelia Prado, que aparece com grande destaque na literatura infantil, e Romano de Sant'Anna, um reconhecido cronista e ensaísta.
Aliás, autores como Romano de Sant'Anna também estão destinados a ter um protagonismo especial em Frankfurt devido a sua dupla condição de escritor e historiador da literatura, o que o aproxima de uma visão mais global da literatura brasileira.
A inauguração da feira, além do discurso da ministra da Cultura, Marta Suplicy, também contará com a participação do romancista Luiz Ruffato e da presidente da Academia Brasileira de Letras, Ana María Machado, quem, como escritora, obteve o prêmio de literatura infantil Hans Christian Andersen em 2000.
Na sequência, de quarta-feira e até domingo, haverá ciclo de leituras e discussões no pavilhão brasileiro e outras diversas atividades fora do espaço da feira, como exposições e concertos.
No chamado "Sofá Azul", um programa de entrevistas realizado em um dos corredores, diversos escritores brasileiros também estarão presentes.
Além do atrativo programa brasileiro, a Feira de Frankfurt deste ano também contará com suas já conhecidas atrações, como a discussão em torno da digitalização, do futuro do livro impresso e das livrarias. EFE
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