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A estreia de Escuro (confira o serviço) no Festival de Curitiba agradou o público que lotou o Teatro Sesc da Esquina, na noite de sábado (27). A peça, com mais uma sessão neste domingo (28), mostra o universo da comunicação entre personagens com deficiências visuais, auditivas e da fala.
Retratada nos anos 1950, em um clube do interior paulista, a primeira aparição dos atores no palco conta com uma coreografia onde várias situações acontecem ao mesmo tempo. A composição entre cenário, iluminação e disposição cênica das personagens é interessante e lembra um retrato, e é a partir daí que se desenvolve cada instante.
No enredo, os envolvidos se encontram no dia 19 de fevereiro de 1959, data de um concurso de canto e um campeonato de natação para cegos, surdos e mudos. Com "ajuda" de discursos narrativos dos próprios atores para explicar as situações, que acontecem diversas vezes por diferentes pontos de vista, Escuro começa pelo fim - e a compreensão só se dá realmente quando a peça acaba.
Entre os intérpretes, fácil notar qual cativou mais a plateia: Aline, uma menina com deficiência na fala. Cada frase que ela soltava de uma maneira meio fanha - era riso garantido do público. Com um humor natural, a vontade era a de conhecer mais aquela personagem vivida pela atriz Aline Filócomo.
Outros destaques ficam com o texto simples, porém ao mesmo tempo inventivo, de Leonardo Moreira, que também é o diretor da montagem. Além de cenário e iluminação, aqui já citados no começo deste texto, com assinatura de Marisa Bentivegna e Theodoro Cochrane, respectivamente.
Após uma hora e meia, mais um minuto (antes do espetáculo começar) com luzes desligadas por causa da Hora do Planeta - iniciativa global para enfrentar as mudanças climáticas -, a peça Escuro foi aplaudida de pé pelo público curitibano. Com certeza é uma opção para fechar este último dia de Festival de Curitiba.
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