"Quero revolucionar a gramática cinematográfica", sentenciou o cineasta Adirley Queirós ao fim da sessão de Branco Sai, Preto Fica no Festival Olhar de Cinema, em Curitiba. A proposta -desconstruir a linearidade da narrativa - é evidente na obra, repleta de simbolismos sobre racismo, desigualdade social e truculência das autoridades.

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Longe de ser um produto convencional, o filme se vende como um documentário sobre dois amputados em confrontos com a polícia na década de 80. O resultado, porém, é uma ficção científica futurista sobre um homem que usa próteses nas pernas, um radialista cadeirante com planos terroristas e um viajante no tempo. Nesse cenário distópico, as histórias não se cruzam nem fazem sentido.