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Depois de nove dias intensos, quase cem filmes de 17 países e mais três músicas da banda Eletroveracruz, os organizadores do 3.º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba anunciaram na noite de quinta-feira (5), para um Teatro Paiol quase lotado, os vencedores da edição de 2014.

Na Mostra Competitiva, "E Agora? Lembra-me", do português Joaquim Pinto, venceu como melhor longa-metragem. O filme também amealhou o prêmio de 12 mil reais. Através de vídeo, o cineasta agradeceu o júri e acolhida que seu "bloco de notas biográficas" recebeu no Brasil.

O Prêmio Especial do Júri por seu "olhar político e original" foi para "Branco Sai Preto Fica", de Adirley Queiróz. O cineasta afirmou a importância crescente do Olhar no cenário cultural brasileiro. "O festival a cada ano se firma como um espaço de respeito aos filmes, cineastas e ao cinema de modo geral", disse. Na categoria Contribuição Artística, vitória do francês "Sheep’, de Marianne Pistone e Gilles Deroo. Curtas

Na categoria de curta-metragem, o brasileiro "Verona", de Marcelo Caetano, ficou com o prêmio máximo da categoria, além de um contracheque de 4 mil reais. Parcialmente calvo, o cineasta prometeu usar o prêmio para dar entrada em um possível implante de cabelo. "Tenho que agradecer toda a equipe por este reconhecimento e também a projeção fantástica que o Olhar de Cinema realizou", afirmou Caetano.

O alemão "The Incomplete", de Jan Soldat, venceu o Prêmio Especial do Júri. Na Mostra Novos Olhares, o prêmio ficou com "From Gulf to Gulf to Gulf", dos indianos Shaina Anand e Ashok Sukumaran.

Público

O Prêmio do Público em longa-metragem foi para o italiano "My Class", de Daniele Gaglianone. "Coice no Peito", de Renan Rovida, ficou com o Prêmio do Público de melhor curta. O cineasta ressaltou a importância de pensar o cinema por novos ângulos. " É satisfatório ter o filme visto por tanta gente e reconhecido diante de trabalhos tão bons".

Para Aly Muritiba, um dos organizadores do Olhar de Cinema, todas as películas tinham inúmeros méritos artísticos. "O resultado, apesar de consensual, certamente não foi simples para os jurados. O nível dos filmes deste ano estava altíssimo, resultado de quase um ano inteiro de trabalhos e pesquisas".

Avaliação

Muritiba afirma que 2014 ficará marcado na trajetória do festival pela consolidação do projeto. "Acreditamos que o Olhar enraizou-se no cenário cultural da cidade e está criando uma tradição. Ainda estamos sofrendo com patrocínios, afinal, não dá para fazer um festival sem dinheiro, mas temos boas perspectivas, principalmente após o grande retorno de público que tivemos neste ano e a cobertura mais ampla e maciça da imprensa", completa.

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