Os escolhidos
Veja quais foram os espetáculos premiados nas principais categorias do Gralha Azul:
Espetáculo
A Pereira da Tia Miséria (Núcleo Ás de Paus)
Direção
Antes do Fim (Marcos Damaceno)
Ator
Guilherme Kirchheim (A Pereira da Tia Miséria)
Atriz
Kassandra Speltri Avenida Independência 161 Trilha Sonora para Coisas Irreversíveis
Ator coadjuvante
Samir Halab (Antes do Fim)
Atriz coadjuvante
Eliane Campelli (Antes do Fim)
Roteiro original
Avenida Independência 161 Trilha Sonora Para Coisas Irreversíveis (Paulo Biscaia Filho)
Cenário
Antes do Fim (Marcos Damaceno)
Figurinos
Alex Lima (A Pereira da Tia Miséria)
A premiação do Troféu Gralha Azul transcorreu sem grandes surpresas na noite de terça-feira, a não ser pelo principal prêmio ter sido entregue, pela primeira vez, a uma companhia de fora de Curitiba. O Núcleo Ás de Paus, de Londrina, estreou seu primeiro trabalho, A Pereira da Tia Miséria, em 2010, e com ele arrematou o troféu de melhor espetáculo deste ano.
Quem fez a adaptação do texto, originalmente um conto da tradição oral espanhola, foi o ator e diretor Luan Valero neste grupo de criação coletiva, todos os integrantes são atores e diretores. "Desde a construção do texto, a peça era um pouco experimental. Não sabíamos direito aonde iria dar, e não visávamos a premiação", contou à Gazeta do Povo.
O grupo, que se apresentou nas ruas de Curitiba durante o Fringe deste ano, também ganhou o prêmio de melhor ator (Guilherme Kirchheim). Ele interpreta a Tia Miséria, uma mulher que defende com unhas e dentes a pereira que tem no quintal e que um dia se vê obrigada a negociar com a morte. Os figurinos, a cargo de Alex Lima, incluem pernas de pau, recurso que é pesquisado pelo grupo desde sua formação.
Um dos espetáculos favoritos e um dos cinco indicados ao prêmio principal, Antes do Fim, da Companhia do Damaceno, levou quatro Gralhas. A consagração nas categorias de direção e cenário, ambas de Marcos Damaceno, foi vista pelo artista como essencial para continuar divulgando seu xodó a renovação da dramaturgia paranaense. "O prêmio faz algo maior, que é instaurar um momentum para a reconfiguração do teatro paranaense, buscando suprir a carência por uma cena rica em autores." Apesar de o texto original, de Marcelo Bourscheid, não ter sido indicado, o diretor lembra que todo o espetáculo depende do pontapé inicial do roteiro nesse caso, escrito no Núcleo de Dramaturgia do Sesi, que Damaceno coordena. As atuações de Eliane Campelli e Samir Halab também foram premiadas nas categorias de ator/atriz coadjuvante.
Peça líder em indicações, Avenida Independência 161 Trilha Sonora para Coisas Irreversíveis ganhou nos quesitos texto original (para Paulo Biscaia Filho), atriz (Kassandra Speltri) e iluminação (Wagner Correa) essa última categoria premiou também o veterano Beto Bruel por Ilíada Canto 1.
Infantil
A categoria espetáculo para crianças premiou Clarice Matou os Peixes, da Cia. do Abração. Já o troféu de direção de peças infantis foi para Marcello Santos, responsável por Buanga, a Noiva da Chuva, um espetáculo de teatro de sombras também escolhido pela sonoplastia (que ficou sob os cuidados de Celso Piratta).
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