Série
Girls
A quarta temporada estreia hoje, no canal HBO, à meia-noite. Classificação indicativa: 16 anos.
Cinco anos atrás, Lena Dunham era mais uma garota estranha, com um diploma em escrita criativa, alguns curtas-metragens e o longa Tiny Furniture, finalizado com parcos US$ 25 mil.
Em 2012, ela fechou contrato para escrever (e também atuar, dirigir e produzir) a série Girls, um retrato de si mesma e de sua geração.
No ano passado, já dona de dois Globos de Ouro, lançou um livro e foi incensada pela crítica e que lhe valeu um contrato editorial de mais de US$ 3,5 milhões.
Na última segunda-feira, anunciou que Girls, mesmo antes de estrear a quarta temporada, tem garantida a quinta, para 2016.
Na série, porém, ela (ou Hannah, sua personagem) ainda é aquela garota estranha e um tanto inadequada, que tateia o próprio futuro algo que Lena parece ter resolvido de cinco anos para cá.
No episódio que a HBO exibe hoje, à 0h, Hannah ao menos parece dar um passo mais consistente em direção ao sonho de ser escritora e troca Nova York por Iowa, para fazer um curso de escrita. Por outro lado, perde a presença física constante do namorado e das amigas (outras três personagens de 20 e poucos anos).
Estão lá, ainda assim, as humilhações e os desencontros ora constrangedores e tristes, ora divertidos que marcam tanto a série quanto o livro de Lena.
Não Sou Uma Dessas (Intrínseca) mantém-se há 13 semanas na lista dos mais vendidos dos EUA, segundo o New York Times, que comparou a autora a Woody Allen, "vulnerável e ridículo" como ela.
O livro, diz Lena, é um caminho extra para expurgar as dores de seus pequenos desastres. Sozinha, a personagem de Girls, segundo ela, não daria conta de seu caos interior a autora faz terapia desde os 9 anos e toma remédios para controlar o transtorno obsessivo-compulsivo.
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