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Os atores Sean Penn, Susan Sarandon e outros 19 integrantes da "realeza" de Hollywood resolveram apoiar a greve dos roteiristas protagonizando programetes sem falas que serão lançados na internet.

Em outra demonstração de apoio aos grevistas, o ator Brad Pitt abandonou seu papel no filme "State of play" porque o roteiro que precisava de ajustes não ficou pronto a tempo das filmagens. A Universal Pictures agora corre contra o tempo para substituir o galã.

Johnny Depp também foi vítima do piquete. E para complicar ainda mais, até os telejornais estão ameaçados.

Enfatizando a importância dos profissionais, cuja greve paralisou a indústria do entrenimento americano, 21 dos mais reconhecíveis rostos de Hollywood, incluindo Lara Linney, Jay Leno, Alan Cumming e Holly Hunter, confrontam as câmeras em videoclipes sem um diálogo sequer.

Em uma cena, Susan Sarandon tem uma briga doméstica com o ator Chazz Palminteri. Em outra, Sean Penn, famoso ativista de esquerda, fala seriamente para a câmera, mas suas palavras são inaudíveis.

O projeto foi concebido pelo escritor e diretor George Hickenlooper. Os roteiristas de Hollywood estão em greve desde o dia 5 de novembro. Eles querem uma parte nos lucros de vendas online e de DVD de seus trabalhos.

O lançamento dos videos acontece no feriado americano de Ação de Graças, momento que a indústria americana do entretenimento manda avisar que pelo menos outros 15 mil empregos que dependem dos roteiristas continuam sob ameaça de demissão e que mais de 60 séries de TV podem sair do ar nos próximos dias como resultado da greve.

Analistas dizem que a greve custará US$ 80 milhões por dia à economia de Los Angeles se a paralisação continuar até dezembro. Mais de 250 mil pessoas trabalham diretamente com a produção de filmes e séries de TV em Los Angeles. Milhares de restaurantes, hotéis e outros negócios dependem dessa indústria, que corresponde a 7% da economia de US$ 430 bilhões do Condado de Los Angeles.

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