Aluno de Publicidade da USP, Jão gravou música e clipe em seu apartamento e já planeja releituras de Cazuza e Beyoncé, além de EP autoral| Foto: Divulgação

Uma ação entre amigos em uma madrugada paulistana rendeu uma versão intimista, mas ainda deliciosamente pop, de “Bang”, single que alavancou o disco homônimo da cantora Anitta. O idealizador – e dono da voz – é um estudante de 21 anos da ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP, o Jão, que descreveu o resultado de sua interpretação como “gostosinha” em sua publicação no YouTube, feita no dia 20 de abril.

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Jão é um admirador à toda prova de Anitta e do universo pop. “Ouço muito e vejo os snaps dela de manhã todos os dias. Admiro seu pensamento estratégico e irreverência dentro do mercado brasileiro”, conta.

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O estudante se arrisca na música, na “cara de pau”, desde pequeno. “Eu e minha irmã dávamos as mãos e andávamos pelas ruas parando nas esquinas e no portão das pessoas cantando Chiquititas, temas da (novela) “Terra Nostra”, música do “Titanic”. Bem sem noção, a gente insistia”, ri ele, que nasceu e foi criado no interior de São Paulo.

Problema com os vizinhos

Com tamanho histórico e paixão pelo pop, “Bang” não foi, portanto, o primeiro cover de Jão, mas certamente é um marco. “Foi o primeiro para ser parte de algo mais profissional”, afirma. Quando a ideia de fazer um vídeo surgiu, além de intimar os amigos, o rapaz começou, ele mesmo, a colocar a mão na massa. “Aprendi a fazer extensões elétricas, pendurei umas luzinhas coloridas e queimei duas tomadas de casa. Chamamos algumas pessoas pra assistir e com nossas câmeras mesmo gravamos tudo em uma noite, no meu apartamento”, conta ele, que arrumou encrenca com os vizinhos. “Alguns ainda não olham na minha cara depois disso”, afirma.

A produção musical ficou por conta do estudante, que também começou a mexer com arranjos por conta própria ainda aos 16 anos, quando começou a achar difícil encontrar parceiros para suas criações. Sua versão de “Bang”, a exemplo do clipe, também foi gravada em uma única madrugada, com equipamentos acumulados ao longo dos anos, como um microfone, um teclado para sintetizador e uma interface de som.

A diva inspiradora ainda não se pronunciou sobre a homenagem. mas o autor diz que tem recebido boa resposta do fã-clube de Anitta.

A ideia é descontruir outras pérolas do pop. Jão planeja versões de Cazuza e de um single do recém-lançado “Lemonade”, álbum de Beyoncé. “E além disso, eu também quero construir canções pop! Estou preparando um EP e devagarzinho ele vai saindo”, avisa.

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