A situação de reestruturação da MGM está indo tão mal que uma falência forçada do estúdio até 15 de setembro é uma possibilidade real.

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Mas os credores não querem perder o controle dos lucrativos direitos do estúdio sobre os filmes de James Bond. Por esse motivo, é possível que um deles ainda faça um novo esforço para fornecer capital social novo suficiente para viabilizar uma reestruturação voluntária.

Se essa alternativa fracassar, o estúdio poderia obter um sétimo adiamento da execução de sua dívida com seus mais de cem credores.

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Seja como for, faltando pouco mais de um mês para vencer mais de 400 milhões de dólares em dívida e juros sobre a dívida, uma coisa é certa: nunca antes o nível de frustração esteve tão alto durante o esforço de um ano para sanar as finanças da MGM.

"A coisa está quase virando piada", disse um executivo em uma das empresas que considera a possibilidade de formar uma parceria estratégica com a MGM.

O estúdio já conseguiu seis acordos de adiamento do vencimento da dívida principal e dos juros sobre sua dívida com os bancos. Onerada por quase 4 bilhões de dólares em dívida corporativa total, a MGM conseguiu que os credores adiassem repetidas vezes a recuperação de um instrumento de crédito de 250 milhões de dólares e cerca de 200 milhões em juros relacionados.

As perspectivas não melhoraram desde que o CEO da MGM, Harry Sloan, foi demitido, um ano atrás, depois do fracasso da prolongada busca por financiamento para o estúdio.

Como qualquer outro acordo pré-estruturado, uma reorganização por falência forçada transferiria a posse atual da MGM do consórcio atual para os credores do estúdio. Mas é provável que também assinalasse o fim do papel da MGM como produtora ou distribuidora de cinema.

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Vários projetos de filmes importantes já foram suspensos em função das dificuldades financeiras do estúdio, incluindo o próximo filme de James Bond e dois filmes baseados no livro "O Hobbit", de J.R.R. Tolkien. Outros projetos que estão em suspenso incluem um filme planejado dos "Três Patetas" e um remake de "Robocop".

Quanto ao receio de perder o controle sobre os direitos de 007, não existe consenso legal quanto a se os credores perderiam ou não os direitos, no caso de uma falência forçada. Mas essa preocupação vem sendo suficiente para levar os credores a concordar com meia dúzia de adiamentos de pagamento da dívida.

Antes das negociações para uma reestruturação, a MGM solicitou ofertas de compra da empresa. Mas a oferta máxima - feita pela Time Warner, no valor de 1,5 bilhão de dólares - foi considerada insuficiente.