Livro
Ética e Estética no Ator: Uma Questão de Desejo
Hugo Daniel Mengarelli. Cia. de Freud, 374 págs., R$ 55. Psicanálise. Lançamento e sessão de autógrafos amanhã, dia 19, às 19h30, na Livrarias Curitiba Shopping Curitiba (R. Brigadeiro Franco, 2.300 Rebouças), (41) 3330-5183. Entrada franca.
Professor de Cinema e Teatro na UFPR há 36 anos, o argentino Hugo Mengarelli sempre teve a ética da atuação como uma de suas principais inquietações. Tanto que esse foi um dos temas pesquisados por ele em sua tese de doutorado em Psicanálise, ponto de partida de Ética e Estética no Ator : Uma Questão de Desejo, livro que ele lança amanhã, dia 19, na Livrarias Curitiba do Shopping Curitiba.
Para Mengarelli, entre todas as expressões artísticas, o teatro é a mais complicada na hora de definir onde termina o personagem e onde começa o ator. No livro, ele analisa o profissional de teatro com o intuito de fazer dessa arte uma metáfora para a vida. "Meu objetivo, desde as citações até a última página, é propor a volta ao pensamento das coisas simples", afirma.
Na obra, Mengarelli relaciona atuação com liberdade, ficção e realidade, controle do corpo sobre a mente, além do inconsciente e seus desejos. A parte inicial do livro foi inspirada no trabalho que fez com o amigo psicanalista Norberto Ilustra, e fala da importância de "não confundir a ficção de sua realidade com a realidade da ficção teatral". Para o autor, é preciso que cada um conheça seus próprios limites, já que nem todo mundo pode ser ator de teatro. Assim, ele analisa a pulsão, o desejo e a libido "o fogo interno que nos coloca em movimento" a partir de experiências próprias e de estudos de grandes pensadores, como Sigmund Freud (1856-1939), Jacques-Marie Lacan (1901-1981), Constantin Stanislavski (1863-1938), entre outros.
Segundo Mengarelli, seu livro apresenta vários caminhos para quem quiser aprender sobre a relação da mente com os desejos inconscientes, mas a obra é direcionada principalmente ao ator de teatro, que passa por questionamentos éticos com frequência. "O ator não pode misturar a atuação com o pessoal. Não importa quem ele é no dia a dia, importa o que há no palco, importa o dom de cada um", afirma.
Escrito em primeira pessoa, Ética e Estética no Ator é, segundo o autor, uma tentativa de trazer um conhecimento acumulado por ele ao longo de anos para as artes, sem deixar de lado as relações humanas.
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