Evento reúne bandas “secretas” em Curitiba

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Sair de casa para curtir apresentações musicais de bandas “secretas”, em um lugar alternativo divulgado 48 horas antes do show, e com pessoas possivelmente desconhecidas parece soar como algo inusitado. Unir o insólito ao intimista, num ambiente descontraído e com música independente de boa qualidade são as principais características do projeto Sofar (Songs From a Room), que abre sua temporada de 2015 em Curitiba neste sábado (28).

Como um ato de rebeldia, o Sofar Sounds foi criado em 2009 por uma dupla de ingleses cansada de não conseguir desfrutar de boas músicas nas baladas. O primeiro encontro foi num pequeno flat na região Norte de Londres. Hoje, o evento acontece em mais de cem países.

No Brasil, o projeto chegou em 2012. Depois de criar público em São Paulo, migrou para outras nove capitais do Brasil, entre elas, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Florianópolis e Curitiba – que recebeu sua primeira edição em abril do ano passado.

De lá para cá, caminhando para sua 5ª edição, o Sofar tomou forma e conquistou público e . “Hoje, a gente denomina o Sofar como uma nova maneira de consumir música ao vivo. Cresceu e transformou-se numa plataforma de música independente, que mistura público e dá voz para artistas novos e realmente bons”, explica Aline Lobo, produtora do evento em Curitiba. “É uma oportunidade que o artista tem de conseguir passar realmente o trabalho, o feeling da música dele”.

Modo de curtir

Comprar ingresso e chegar cedo para garantir um bom lugar são coisas que não existem nas apresentações do Sofar. É preciso se inscrever para participar do evento. Para a edição deste sábado em Curitiba, as inscrições terminam nesta quinta-feira (25). Interessados podem correr e preencher o formulário no http://www.sofarsounds.com/curitiba. O local das apresentações será divulgado nesta quinta-feira (26).

Contudo, somente a inscrição pode não garantir a participação no evento – que é gratuito, mas conta com contribuição voluntária para ajudar nas despesas de produção. Caso haja mais interessados que o número máximo de participantes fixado, realiza-se um sorteio para definir quem pode entrar.

“Definimos no mínimo 30 e no máximo 120 pessoas no local. Até porque a ideia não é transformar a apresentação numa balada. Queremos que as pessoas se sintam em um evento exclusivo”, ressalta Aline Lobo.

As bandas, aliás, são as grandes incógnitas do Sofar. Diferente de outros shows, quem vai ao projeto não sabe qual banda vai encontrar por lá. Os artistas são conhecidos na hora, quando sobe a cortina. Das vinte bandas pré-definidas pela produção local, entre três e cinco são escolhidas para equipe de Londres. São essas que fazem suas apresentações no dia.