Estocolmo, 1 Abr 2017 (AFP) - Após meses de suspense, Bob Dylan recebe neste fim de semana, em Estocolmo, o Nobel de Literatura, das mãos dos acadêmicos suecos, que o homenagearam por sua poesia.
Como Thomas Mann, Albert Camus, Samuel Beckett, Gabriel García Márquez e Doris Lessing, o cantor, 75, entrará no panteão dos homens e mulheres das letras premiados pela Academia sueca desde 1901.
O júri sueco entregará o diploma e a medalha a Dylan durante uma reunião cujo local e hora não foram divulgados.
O mistério é ainda maior em torno do discurso de recepção, que também poderia ser uma música. Ele deve ser pronunciado por todos os premiados até seis meses após a cerimônia de entrega; neste caso, até 10 de junho.
“A Academia Sueca e Bob Dylan concordaram em se reunir neste fim de semana. A reunião será pequena e íntima, e nenhum meio de comunicação estará presente, apenas Bob Dylan e membros da Academia, respeitando a vontade de Dylan”, publicou a secretária permanente da Academia, Sara Danius, em seu blog.
“Não será pronunciado nenhum discurso Nobel. A Academia tem razões para pensar que será enviada uma versão gravada posteriormente”, explicou.
O discurso é o único requisito para se receber as 8 milhões de coroas suecas (870.000 dólares) que acompanham o prêmio.
Até o momento, a única certeza é de que Dylan fará dois shows em Estocolmo, hoje e amanhã, para iniciar uma turnê europeia por ocasião do lançamento de “Triplicate”, um álbum triplo de versões de Frank Sinatra.
No dia 10 de dezembro, no tradicional banquete do Nobel na capital sueca, Dylan transmitiu o discurso de agradecimento, lido pela embaixadora americana na Suécia, no qual admitiu a surpresa por ver seu nome ao lado do de autores como Rudyard Kipling, Albert Camus ou Ernest Hemingway.
A atitude de Dylan desde o anúncio do prêmio, especialmente sua insistência em não falar nada a respeito do assunto durante um show em Las Vegas no dia em que a Academia revelou seu nome como vencedor do Nobel de Literatura, confundiu algumas pessoas, mas está em sintonia com seu caráter discreto.
Para Martin Nyström, crítico musical do jornal “Dagens Nyheter”, os ausentes nem sempre se equivocam. “O músico tem uma agenda inacreditável. É um artista, escreve livros, textos, música e está em turnê com sua banda sem parar”, comentou o jornalista.
Nesta sexta-feira, o cantor de Minnesota (norte dos Estados Unidos) lançou o álbum “Triplicate”, em que homenageia a idade de ouro da composição americana com versões de clássicos dos anos 1940 e 1950.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião