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Mais do que um filme de terror, O Exorcismo de Emily Rose é um drama de tribunal. E, mais ainda, um convite – superficial, é verdade – à reflexão sobre a liberdade de credo.

Em cartaz a partir de hoje, o longa do diretor e roteirista Scott Derrickson é um dos sucessos de bilheteria do ano. Também deve emplacar por aqui, onde o público cristão faz fila para ver tramas sobrenaturais. Exemplos não faltam, de O Advogado do Diabo a O Sexto Sentido, passando por novelas como América e Alma Gêmea. Aliás, um dos personagens da fita, referindo-se ao surpreendente número de exorcismos ainda praticados no Terceiro Mundo, explica o fenômeno dizendo que somos "ingênuos e supersticiosos".

O filme é baseado na história real da alemã Anneliese Michel (1952 – 1976), que acreditava estar controlada por demônios e morreu após uma sessão de exorcismo. Transportada (e livremente adaptada) para os EUA, o drama de Anneliese ganha ares de O Exorcista, o clássico de 1973. Aqui, as forças do mal também atacam uma jovem de camisola e assustam os demais batendo portas e sacudindo janelas. A diferença é que Emily Rose não encosta o queixo na nunca ou vomita gosma verde por todos os lados. E o pior: não assusta nem criancinha.

Criada em uma região rural, Emily (Jennifer Carpenter) é o que se pode chamar de católica realmente praticante. Quando ganha uma bolsa para cursar a faculdade, muda-se para outra cidade e passa a ter alucinações horripilantes. Os surtos tornam-se cada vez mais freqüentes, e a garota aceita ser submetida a uma sessão de exorcismo comandada pelo padre Richard Moore (Tom Wilkinson). Mas ela morre durante o ritual, e o pároco é acusado de homício culposo e omissão de socorro.

Começa então um complexo julgamento, no qual Moore é defendido pela advogada Erin Bruner (Laura Linney), uma agnóstica interessada em ascender profissionalmente. A acusação fica por conta do promotor público Ethan Thomas (Campbell Scott), um metodista ancorado em provas científicas.

Thomas afirma que Emily sofria de epilepsia psicótica e não deveria ter abandonando o tratamento médico para ser exorcisada. Erin, por sua vez, argumenta a favor do respeito à espiritualidade. Já o padre Moore, coitado, insiste que o caso é a prova da existência do mal entre os homens. E você, de que lado vai ficar? GG1/2

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