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Camila Pitanga na pele de Bebel | Arquivo Gazeta do Povo
Camila Pitanga na pele de Bebel| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Estilos

A caligrafia árabe possui uma grande variedade de estilos, que derivam de seis principais que estão representados na exposição:

• Kufi – Primeiro tipo de escrita árabe. Tem por característica ser mais rígida – vertical e horizontalmente – e mais dura. Possui cerca de 60 tipos.

• Nesukhi – Mais simples, é utilizada principalmente nos jornais e livros.

• Diwani – Escrita mais decorativa e de uso artístico. Utilizada na parte interna dos palácios.

• Rukai – Usada especialmente na publicidade. Assim como a Nesukhi, é de fácil compreensão.

• Farsi – Estilo persa, usado sobretudo no Irã.

• Thuluthi – O mais nobre dos estilos. Usado principalmente nas mesquitas e em capas de livros.

A caligrafia tem um papel fundamental dentro da tradição cultural do Islã. Como a religião muçulmana não permite a reprodução artística da figura humana, foi a escrita, em todas as suas variantes, que se tornou o principal elemento artístico e decorativo.

Quem quiser conhecer um pouco desta arte, a Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), está com uma exposição do calígrafo libanês Moafak Helaihel. A mostra é composta de 30 quadros, representando versículos do Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos) e poesias árabes.

Os seis principais estilos de caligrafia estão presentes nas obras, cada um deles com um uso e objetivo específico. "Cada estilo é colocado no lugar dele. Não é usado um estilo mais simples na hora de decorar uma mesquita, por exemplo", aponta o calígrafo. "Mas qualquer um que sabe ler e escrever em árabe consegue entender quase todos os estilos".

A exceção ficaria por conta de algumas escrituras do tipo Thuluthi, considerado o mais nobre e usado principalmente em mesquitas. A sobreposição das letras e formas torna a caligrafia mais complexa. "É a mais artística de todas", explica Helihel, que no último ano passou alguns meses com os mais importantes calígrafos da atualidade, como Farouk Haddad e Hassan Jaldi, no Centro de Caligrafia Árabe e Artes Ornamentais, nos Emirados Árabes Unidos.

Para os que se interessam pela caligrafia árabe, Helihel recomenda que primeiro seja aprendido o idioma para, mais tarde, se iniciar na arte da caligrafia. "O brasileiro precisa aprender primeiro a língua. Não adianta aprender a desenhar a letra sem saber qual é o som que ela emite", opina o calígrafo, que prepara para o próximo ano um curso sobre a cultura e história árabe, que será ministrado no Centro de Línguas e Interculturalidade da UFPR (Celin).

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Serviço: A Caligrafia árabe de Moafak Helaihel. Reitoria da Universidade Federal do Paraná -UFPR (Rua General Carneiro, 460). Visita de segunda a sexta-feira das 9h às 11h30 e das 14h ás 17 horas. entrada franca. Até 21 de setembro.

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