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É o sonho dos fãs de "Guerra nas estrelas", a primeira exposição pública de objetos e figurinos de todos os seis filmes da série, incluindo uma réplica do cabine de comando da nave Millennium Falcon, de Han Solo.

A mostra de US$ 5 milhões, no entanto, vai além do entretenimento e transforma "Guerra nas estrelas" em ferramenta educativa para ciência e tecnologia, áreas nas quais o domínio dos Estados Unidos enfrenta um desafio proveniente de uma nova geração de engenheiros na Ásia.

"Star Wars: Where science meets imagination" ("Guerra nas estrelas: onde a ciência encontra a imaginação"), que será aberta nesta quinta-feira (27) em Boston, foi desenvolvida pela Lucas Film Ltd., de George Lucas, criador de "Guerra nas estrelas", e pelo Museu da Ciência de Boston, a fim de dar base científica à fantasia dos filmes.

O veículo Landspeeder de Luke Skywalker aparece em sua forma original, mas acompanhado por lições de levitação magnética e pelos poderosos eletromagnetos capazes de sustentar trens a velocidades de mais de 310 milhas por hora.

Fileiras de andróides de "Guerra nas estrelas" e a prótese da mão direita de Anakin Skywalker do terceiro episódio - antes de se transformar em Darth Vader - são usadas para explicar os avanços na tecnologia robótica e das próteses médicas modernas.

A cabine de comando da Millennium Falcon, construída a partir de um modelo fornecido por Lucas, foi transformada em um planetário high-tech com a voz gravada de Anthony Daniels, que interpretou C-3PO, dando uma explicação sobre as estrelas e como os cientistas modernos as vêem.

O presidente e diretor do museu, Ioannis Miaoulis, disse temer que as escolas americanas não estejam conseguindo formar futuros engenheiros para garantir a competição com a Ásia, colocando pressão para que os museus como os dele exerçam um papel mais influente.

- Estamos produzindo gerações de pessoas que não entendem como funciona a maioria das coisas com as quais interagem na vida cotidiana - afirmou.

A preocupação de Miaoulis é fundamentada por dados apontando a China como produtora do maior número de formandos em ciência e engenharia no mundo, ao menos cinco vezes mais que os Estados Unidos, onde o número vem caindo desde o início dos anos 1980.

- Costumávamos ser o país líder em graduados em engenharia e agora a Ásia tomou esse lugar - disse Miaoulis.

Em outra mostra, crianças podem escolher sensores, selecionar rodas e construir robôs andróides. Cerca de 80 objetos - do vestido branco da Princesa Léia à máscara de Darth Vader - estão espalhados por 930 metros quadrados no museu.

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