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Registros fotográficos do acervo de Erasm Ciolek fazem parte da mostra | Fotos: Henry Milléo/Gazeta do Povo
Registros fotográficos do acervo de Erasm Ciolek fazem parte da mostra| Foto: Fotos: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Serviço

Liberdade, Soberania, Democracia: Polônia, 25 Anos

Museu Paranaense (R. Kellers, 289, São Francisco), (41) 3304-3300. Inauguração hoje, às 19 horas. Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16 horas. Entrada franca. Até 6 de julho.

  • Cartazes do partido e jornais poloneses integram o acervo
  • Exposição é centrada na história recente da Polônia, com a ascensão do Partido Solidariedade e a entrada do país em um novo contexto político

O Museu Paranaense abre hoje, às 19 horas, a exposição Liberdade, Soberania, Democracia: Polônia, 25 Anos, abordagem histórica da chegada do Partido Solidariedade, organização sindical polonesa, ao alto comando das instituições democráticas em 1989 – e a consequente entrada do país numa nova era de desenvolvimento.

Com curadoria de Dulce Osinski e Everly Giller, a mostra desdobra os eventos que desembocam no 4 de junho de 1989, data-símbolo na história recente da Polônia, referente às primeiras eleições diretas realizadas no país após décadas de domínio do Partido Comunista.

A exposição compila manchetes de jornais poloneses e brasileiros, cartazes de campanhas políticas e registros fotográficos do acervo do fotojornalista Erasm Ciolek, um dos principais retratistas do período, ligado ao Solidariedade. As imagens contam os bastidores de reuniões partidárias e a escalada de greves que se propagou no período, também notório pelas repressões do governo.

Cisma anunciado

O fim da década de 1980 demarcou um novo paradigma na geografia política europeia com a queda do Muro de Berlim e o esfacelamento gradual do comunismo no Leste Europeu, aumentando as pressões populares por eleições diretas. A polaridade político-militar entre os Estados Unidos e então União Soviética, marcante no pós-Guerra, deixa de orientar o panorama global, a economia de mercado eclipsa, e, por fim, as aspirações comunistas.

Na Polônia, líderes como o Nobel da Paz de 1983 Lech Walesa e Karol Wojtyla – o Papa João Paulo II, recentemente canonizado – pressionam o governo em busca de maior abertura do regime e fim das contenções. Após longas rodadas de negociações, são convocadas eleições parlamentares gerais para 4 de junho de 1989. O resultado, surpreendente, de certo modo, aos dois partidos, é a vitória esmagadora do Partido Solidariedade, que assume quase a totalidade das vagas da Câmara dos Deputados e do Senado.

Segundo o cônsul-geral da Polônia em Curitiba, Marek Makowski, a chegada da Polônia comunista à soberania institucional é fundamental para o entendimento da Polônia moderna. "Se hoje somos um país de economia forte e caracterizado pela transparência, é porque houve um 4 de junho de 1989", afirma. "Como signo e marco histórico, esta exposição é muito representativa, ainda mais se considerarmos a forte influência da cultura polonesa no Paraná", conclui.

Além de Curitiba, a exposição ocorre simultaneamente em outras partes do mundo. No Brasil, é organizada pelo Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, em parceria com a Casa da Cultura Polônia Brasil.

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