SÃO PAULO (Folhapress) Os distribuidores e exibidores ouvidos pela reportagem vêem poucos problemas na projeção digital e consideram que uma minoria contesta a qualidade da imagem.
"Acho que só quem tem olho clínico vê problemas na imagem. A qualidade é que guia nossas escolhas. Já rejeitei uma cópia porque achei que ela não era boa", diz Jean-Thomas Bernardini, da Imovision, que gerencia o Reserva Cultural, em São Paulo. De acordo com ele, a projeção digital é uma "tendência irreversível". A facilidade no manejo e no transporte das cópias e o barateamento em realizá-las é um diferencial, principalmente para distribuidoras independentes.
Adhemar de Oliveira, da distribuidora Mais Filmes e de salas como o Espaço Unibanco de Cinema e o Unibanco Arteplex, não vê grande perda de qualidade. "Se for para dar uma nota de zero a dez, minha nota não é dez. Mas houve vários filmes que a gente exibiu em digital, e a platéia não reclamou", afirma.
O diretor operacional da Rain Network, Fábio Lima, diz que o objetivo da projeção digital não é ser equivalente à resolução da película. "O digital nunca vai ser igual ao 35 mm, por causa da característica de cada um: digital é binário. O virtual é uma recriação do mundo real. A gente trabalha para melhorar a experiência do espectador." Sobre as criticadas cópias, Lima afirma que as matrizes trazidas pelos distribuidores não eram boas. "Dói muito no meu coração ver um filme sendo lançado com perda de qualidade. Mas o distribuidor assistiu ao filme e aprovou a cópia." (MG e PSL)
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