Na opinião dos produtores locais, a relação existe e é bastante óbvia: se o número de shows nacionais e internacionais na cidade aumentou, é porque existe uma demanda forte por parte do público curitibano. Tanto que, em algumas situações, nem o alto preço dos ingressos parece ser empecilho para manter as platéias cheias, quando não lotadas. Foi o caso de shows como o da cantora canadense Diana Krall, realizado em janeiro, no Estação Embratel Convention Center. O convite mais barato não saía por menos de R$ 80. Mesmo assim, os ingressos esgotaram-se dias antes da apresentação. Outro caso foi a apresentação da badalada dupla Zezé di Camargo e Luciano. O show, realizado em setembro, no Teatro Guaíra, teve de contar com uma sessão extra, devido à imensa procura por ingressos, que custavam de R$ 160 a R$ 80.
De olho na carência do público local por eventos de grande porte, a Corporação Interamericana de Entretenimento (Cie Brasil), empresa que promove espetáculos musicais e teatrais no país, resolveu investir por conta própria na capital paranaense, trazendo dois dos maiores shows realizados na cidade em 2005: o da canadense Avril Lavigne e o das bandas Mudhoney e Pearl Jam. "Sabemos que o público daí tem uma demanda de anos, por isso voltamos a investir na cidade, mesmo sem apoio." (JG)
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