"Soube da morte do Chorão e lamento muito! Jovem, querido por legião de fãs. À família, amigos, fãs escrevo esta mensagem para desejar que tenham forças nesta hora tão difícil." Marta Suplicy ministra da Cultura, em comunicado oficial
"Chorão entra no mesmo patamar que Cazuza e Renato Russo: um poeta urbano, que colocou em rimas os sentimentos, as gírias e o way of life de uma geração. Talento absurdo! Dom das palavras." Marcos Mion, apresentador de TV
"Foi chocante para mim. A gente perdeu um grande letrista, um ícone do rock. A música dele sempre trazia alguma reflexão, sempre se renovando. Ele era muito eclético, ouvia desde rock, punk até reggae. As letras falavam de amor, mas de protesto também. Ele me chamou para gravar com o Charlie Brown em um rap que ele tinha feito. Me mandou uma fita, mas eu não consegui escrever nada. No final da mesma fita tinha a música 'Não É Sério'. Ouvi aquilo e tinha um solo de guitarra e comecei a rimar em cima, escrevi na hora. No dia de encontrar no estúdio para gravar, ele me perguntou se eu tinha escrito aquele rap. Eu respondi que não, mas que tinha feito uma letra para outra música que estava na fita. Ele nem lembrava que 'Não É Sério' estava naquela fita. O problema é que ela já estava finalizada, já estava mixada e masterizada. Mesmo assim, pedi pra mostrar pra ele. O Chorão curtiu e 'abriu' a gravação de novo para eu cantar em cima do solo de guitarra. Foi a oportunidade da minha vida. Sempre fui muito conhecida também pelas participações que fiz em disco dos outros. No RZO eu me considerava parte do grupo mesmo. Em termos de participações, a com o Charlie Brown foi a mais importante, foi a que me apresentou para a mídia. Por causa do Chorão eu me tornei a diva do rap. Ele que me apresentou para a gravadora. Queria ter ficado maior na música para retribuir tudo o que ele fez por mim, mas não deu tempo. Foi muito cedo, é o destino, Deus sabe de todas as coisas. Pretendo ir para Santos no velório e vê-lo pela última vez." Negra Li, cantora
"Dias de Lutas, Dias de glórias". Descanse em paz, #Chorão." Neymar, jogador do Santos
"Dá uma sensação de perplexidade quando alguém morre cedo. Ele era um cara carismático e comunicativo. O Chorão, na época em outra banda, abriu um show dos Titãs em Santos, na turnê do Titanomaquia. Fico chocado e triste com a notícia." Sérgio Britto, músico dos Titãs
"A gente discutiu há uns cinco anos [Chorão criticou o CPM 22 em um show], mas há mais ou menos um mês e meio a gente conversou por telefone para tentar se encontrar. Essas coisas só acontecem na hora errada. Antes da briga, a gente tinha uma certa amizade. Nos últimos anos ele estava muito próximo de amigos meus, desde que o Heitor [Gomes, ex-baixista do Charlie Brown Jr.] entrou no CPM22, rolou uma aproximação maior. Ele era pai de um adolescente, tinha vários seguidores e era um grande talento. Sempre o respeitei como musico, é uma grande perda, especialmente pelo momento que o rock atravessa. O mercado de rock vai dar uma piorada." Badauí, músico da banda CPM22
"Estamos todos vivendo um período muito violento, e o rock sempre viveu perigosamente. O Chorão era um guerreiro, é uma perda trágica porque ele foi um dos representantes de maior sucesso de sua geração. Vai ficar uma lacuna. Foi uma interrupção brutal de uma vida intensa, que sem dúvida acabou muito cedo. O Charlie Brown Jr. criou uma sonoridade que de certa forma desenhou o pop rock dos anos 1990 pra cá, principalmente nas rádios FMs --eles imprimiram um som que misturava um pouco de surf music, rock alternativo com velocidade, um hip hop "branco" com uma pegada punk/pop. Não sei como a banda vai se reorganizar ou se vai sobreviver à ausência dele. Acho que o que causa maior espanto são as circunstâncias misteriosas de sua morte. Gostaria de saber o que houve, assim como todo mundo." Paulo Ricardo, músico, vocalista do RPM
"O Chorão era um cara que, mesmo aparentando ser muito louco, com linguajar de malandro e skatista, tinha uma grande sensibilidade. Ele influenciou uma geração inteira, foi um dos maiores nomes do rock brasileiro e tratou muito bem as bandas que surgiram depois. O rock já carece de personalidade e pessoas que sejam fortes e a gente perdeu mais uma pessoa assim. No nosso primeiro show como banda, abrimos com a música 'Confisco', do Charlie Brown Jr. Fico triste pela família e pelos fãs --categoria em que me incluo--, que vão ficar órfãos." Lucas Silveira, músico da banda Fresno
"Chorão representava muito bem o rock, era quase um clichê do estilo: polêmico, engraçado, tinha causas e ímpetos juvenis. É mais uma perda precoce no rock. Por ele, tive momentos de simpatia e antipatia. Simpatia no dia em que ele me abordou em um prêmio da MTV para elogiar meu trabalho. De antipatia, pelo episodio lamentável do Marcelo Camelo [Chorão agrediu fisicamente o vocalista do Los Hermanos]." Pedro Luís, músico da banda Monobloco
"O Chorão foi um cara que no começo da nossa banda me influenciou muito, e influencia até hoje. Mais tarde, eu o conheci pessoalmente e viramos amigos. Ele conheceu meus pais, ficamos próximos de verdade. Ele era um cara autêntico, original, que falava o que pensava. Mas era extremamente amigo. Era um cara genial e deixou muita gente órfã com o que aconteceu. Fico feliz de ter tido a oportunidade de gravar uma musica com ele, o Remix de "Cedo ou Tarde". Todas as vezes que cantamos juntos foi muito bom, participei de vários shows do Charlie Brown Jr. Ele era um cara que roubava a cena, no bom sentido, quando chegava nos lugares, era muito humano. Estou verdadeiramente triste." Diego Ferrero, músico da banda NX Zero
"O Chorão e o Charlie Brown mantiveram viva a cena do rock popular. Acho que eles seguiram a tradição de bandas de rock como Titãs, Ira! e outras. Faziam uma música popular ligada mais ao rock do que ao pop. E tinham muita afinidade com a garotada, com a juventude. Eu tenho quatro filhos de gerações e idades diferentes. O meu de 13 e o de 24 anos eram fãs do mesmo jeito, conheciam as letras de trás para a frente. Agora precisa de alguém para substituí-los, mas eu não tenho visto. Eles foram a última banda de rock a ocupar esse espaço." Edgard Scandura, músico, ex-integrante do Ira!
"Foi a pior notícia do ano para mim. O encontro do Charlie Brown com o RZO foi fundamental. Nós ficamos conhecidos de um outro público, que era o deles. Você tem que ver a pessoa, não a música. Não importa se o cara faz rock, se faz punk, se faz rap, se faz samba, tem que vir para somar que nem foi o Chorão. Para você ver como Deus é perfeito. O Chorão sempre foi magoado com o Racionais. As más línguas disseram que eles não se gostavam. E o Chorão era orgulhoso, ficou muito magoado com isso, chegou a quebrar o CD do Racionais, mano. Ele dizia: 'pô, Helião, os caras não gostam de mim, não gosto mais deles". Mas ele amava os caras. Recentemente, o Planeta Atlântida teve Racionais e Charlie Brown. Eu dizia pro Chorão que não tinha nada a ver aquela fita. Tanto que levamos ele pro palco com a gente. Acredito que foi a melhor coisa da vida dele, ele olhou para mim com o lho cheio de lágrima, mano. Agora, você vê que ironia, ele fez música para a Coca-Cola, pra Red Bull, e essas porras mataram ele, ele estava gordão. A gente fica nessa porra de refrigerante, tem que parar com isso. Até falei com o Blue e com o Brown para a gente fazer uma música sobre isso, pra acordar para a vida. Os caras estão morrendo e eu não estou vendo reposição. Reconheço o valor das novas bandas, Badauí é meu parceiro, o menino do NX Zero é firmeza, mas o Charlie Brown é insubstituível." Helião, MC do RZO
"Chorão, respeito e admiro muito! Todo mundo tem sua hora, mas não consigo acreditar que a hora do Chorão já chegou!! Estou em choque!" Fiuk, cantor
"Não tenho como expressar o que sinto, perder uma pessoa que faz parte da minha história. Faz mais um refrão, Chorão." Rick Bonadio, produtor musical
"Chorão era genial como poeta, um porta-voz de sua geração. Por trás daquela imagem de brigão, era um cara bem simpático. Conheci ele em 2005 quando o chamei para participar de um tributo ao Renato Russo [vocalista da Legião Urbana], em que ele cantou 'A Canção do Senhor da Guerra'. O Charlie Brown, foi um dos grandes nomes da cena dos anos 1990. Junto com Raimundos, foi um dos poucos grandes da década." Marcelo Froes, pesquisador de rock
"Chorão sempre foi uma incógnita pra mim. Ídolo no palco e uma figura discreta fora dele. Lamento sua morte prematura... Nos últimos tempos, tinha a impressão que o Chorão estava em busca de paz e tranquilidade. Parecia cansado de uma imagem que ñ era mais ele." Thedy Corrêa, vocalista da banda Nenhum de Nós
"Caramba...o Chorão morreu! Muito triste! Gostava muito dele! Bom coração! Poeta! Gente boa! Despejo todo meu carinho na familia! Uma perda!" Luciano Huck, apresentador
"Com tristeza, acordamos sem o Chorão! Mais um talento faz a travessia na ponte da vida." Elba Ramalho, cantora
"Desde "Transpiração Contínua Prolongada'... hoje são meus filhos que curtem você, Chorão (eu disse isso a ele)." Carla Vilhena, jornalista
"É triste esta notícia da morte do Chorão, tão jovem! Deus abençoe sua família!" Buchecha, músico
"O dia parecia que seria de sol e alegria, mas ao invés disso: lagrimas e tristeza." Ana Hickmann, apresentadora
"Tendo convulsões imaginando as discussões sobre gosto musical que a morte do Chorão vai inspirar." Arnaldo Branco, cartunista
"Que dia mais triste! Desejo muita força pra família dele, banda e fãs." Elektra, músico, vocalista da banda Fake Number
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