Os consumidores japoneses atingidos pela recessão podem estar seguindo adiante sem suas roupas de grife ou acessórios dispensáveis, mas a crise com certeza não atingiu a mania nacional pelos "animes".
Centenas de fãs de "animes" lotaram no início desta semana a Feira Anual de Anime de Tóquio, um dos maiores eventos da indústria de animação, empurrando-se para conseguir uma rara oportunidade de tirar uma foto com o seu personagem preferido.
"Cada um dos meus dois filhos gasta cerca de 10 mil ienes (cerca de US$ 100) por mês em quadrinhos, o que totaliza 20 mil ienes mensais", afirmou Mie Yura de 45 anos, acrescentando que a família não pretende cortar os gastos mensais das suas crianças com os animes.
Alguns fãs mais fiéis, como Makoto Nakarai, de 27 anos, afirmam que a sua prioridade é a animação japonesa e que todo o resto é extra.
"Eu tentei cortar minhas despesas diárias para que pudesse economizar dinheiro suficiente para gastar com anime", afirmou.
O Japão televisiona mais de 70 séries de desenho e animações por semana e a indústria, segundo estimativas, vale 150 bilhões de ienes.
Mais de 100 mil pessoas devem visitar a feira que reúne mais de 250 empresas, espalhadas por cerca de 750 estandes.
Hitoshi Suzuki, produtor da feira, afirmou que um dos motivos pelos quais anime é tão popular no Japão é porque ele permite às pessoas escapar da disciplina social rígida do dia-a-dia.
"As vendas da indústria japonesa de anime continuam fortes. O número de empresas que expõem na exibição deste ano aumentou, apesar de alguns expositores estrangeiros terem desistido na última hora", afirmou.
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