Os colecionadores presentes na Art Basel, a principal feira de arte moderna e contemporânea do mundo, tiveram de desembolsar mais esta semana para ficar com as obras de alta qualidade, em meio aos sinais de que o mercado está voltando aos bons tempos pré-crise.
Numa época de baixas taxas de juros, muitos investidores buscam diversificar seus portfólios. Assim, obras-primas de artistas do século 20 como Picasso e Miró ou de estrelas contemporâneas como Anish Kapoor ou Antony Gormley estão super procuradas.
Quase 300 jatos particulares aterrissaram no aeroporto da Basiléia no primeiro dia da feira. Eles levavam modelos como Naomi Campbell e Linda Evangelista. O evento também ficou lotado na quarta e na quinta-feira, quando a Art Basel foi aberta ao público.
Amantes da arte e agentes se aglomeraram diante das obras expostas, tiraram fotos nos telefones de última geração para mostrá-las aos clientes e guardavam observações escritas em bolsas de design sofisticado.
"Havia mais gente na abertura do que no ano passado. O mercado está se sentido sólido, não louco, mas muito sólido", disse Sukanya Rajaratnam, diretora da galeria L & M Arts, de Nova York.
Ela afirmou que a galeria já havia vendido alguns de seus melhores lotes em exposição. Um laranja de Mark Rothko foi vendido "na faixa dos 5 milhões de dólares", enquanto uma obra de Paul McCarthy mudou de dono por cerca de 2,5 milhões de dólares.
Philip Hoffman, diretor-executivo do Fine Art Fund Group que tem bens sob sua administração de cerca de 100 bilhões de dólares, afirmou que seu fundo vendeu obras por cerca de 8 milhões de dólares apenas no primeiro dia da feira.
"Com a volatilidade da moeda, o juro sobre o dinheiro perto de zero e a inflação a 4,5 por cento em Londres, muitas pessoas têm buscado agora na arte um local seguro para o seu dinheiro", afirmou ele.
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