O festival de cinema é judeu, mas isso não significa que os filmes em exibição no 14º Festival de Cinema Judaico, que abre hoje, às 20h30, no clube Hebraica, obrigatoriamente sejam falados em hebraico ou sigam os Dez Mandamentos.
Os filmes deste ano vêm de países da América do Norte, Europa e Brasil. Ao todo, são 30 longas e quatro curtas. A programação terá como foco a diversidade e o ecletismo de temas. Os filmes estarão em exibição na Hebraica, CineSesc, Cinemark Higienópolis, Centro da Cultura Judaica e Livraria Cultura. O festival vai até o próximo domingo (dia 8).
O destaque é o longa brasileiro "Marcha da Vida", de Jessica Sanders e idealizado por Marcio Pitliuk, que será exibido somente hoje, às 20h30, para convidados, na Hebraica. O filme é um documentário em que Marcio acompanha um grupo de estudantes numa viagem a campos de concentração nazistas da Polônia e depois a uma viagem para Israel. A viagem, segundo o idealizador foi feita para conscientizar os jovens e não deixar que o holocausto seja esquecido. "Os nazistas faziam os judeus marcharem até a morte. Esses jovens marcham pela vida. Daí o título do filme e da viagem", explica Marcio.
No caso desse filme, é clara a ligação do tema com o judaísmo. Há outros títulos, no entanto, em que as associações são mais sutis. A curadora da mostra, Daniela Wasserstein, tenta definir o que é um filme judaico. "No festival, procuramos ampliar esse panorama. Não precisa ser um filme feito por judeus. Mas todos os longas trazem algum aspecto político ou cultural dos judeus", diz Daniela.
Entre os destaques internacionais, estão o israelense "Uma Questão de Tamanho", que fala de quatro amigos gordos que organizam um campeonato de sumô numa cidade de Israel; o francês "A Garota do Trem", com Catherine Deneuve, sobre uma mulher que se diz vítima de um ataque semita; e o mexicano "Cinco Dias Sem Nora", que conta a história de uma mulher que se matou mas deixou para a família a receita dos pratos judaicos matzá e gefilte fish.
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