Trinta e dois grupos se apresentam até o dia 24.| Foto: Divulgação/

A Orquestra e Coral Espaço Vida e Música abre nesta sexta-feira (15) a programação do festival de corais Cantoritiba com uma apresentação no Memorial de Curitiba, às 20 horas.

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Até o dia 24 de julho, 32 corais de diferentes partes do país vão se apresentar em palcos como o Teatro do Paiol, Capela Santa Maria e Ópera de Arame.

Participam coros de vários tipos – religiosos, universitários, ligados a instituições públicas e privadas. Segundo a organização, os grupos somam cerca de 1.200 coralistas. Eles se dividem em uma mostra competitiva e uma não competitiva, palcos abertos, oficinas e festas.

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Coral é legal

Segundo a organização do festival, que está na terceira edição, uma das missões do Cantoritiba é desmanchar a noção de que coral é “chato”. Uma das estratégias é a adoção da mostra competitiva – para Helcio Pimentel, presidente do festival, responsável por criar um “clima de torcida” que torna o evento descontraído.

Usando a competição, a organização também estimula os grupos a criarem espetáculos melhores e mais interessantes. A missão é atrair novos públicos além da tradicional plateia de familiares dos membros dos coros neste tipo de apresentação.

Uma das inspirações do evento é o “World Choir Games”, uma olimpíada coral que acontece a cada dois anos desde 1988. Em 2014, 27 mil participantes de 73 países participaram.

Encerramento

Entre os destaques da programação do Cantoritiba está espetáculo “Herdeiros”, dos coros da UTFPR.O espetáculo fala da influência africana na música do continente americano. É uma apresentação do tipo “performática”, com figurino, iluminação e dança – nos moldes das populares apresentações de coros nos Estados Unidos que inspiraram, por exemplo, a série de tevê “Glee”. É bem diferente da imagem estática comumente associada ao coral.

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Para a maestrina do Coral da UTFPR, Priscilla Prueter, o esforço de formação de plateia feito pelo Cantoritiba é importante para tentar mudar o cenário para o canto coral no Brasil. “As pessoas pagam R$ 200 para assistir a um show, por exemplo, do Lulu Santos. Mas não vão de graça assistir a um coral”, diz a musicista.

Para Priscilla, que conta ter visto plateias lotadas em festivais na Europa, alguns preconceitos direcionados à música coral têm a ver com a falta de educação musical da população brasileira em comparação com as sociedades destes países. “É uma outra cultura, outra formação. Mas, se não começarmos a fazer alguma coisa no Brasil, nunca mudaremos o cenário”, diz.

Os ingressos para o evento estão à venda no Disk Ingressos. A programação completa pode ser vista no site oficial do festival.