Em 2017, cerca de 200 mil pessoas assistiram aos mais de 350 espetáculos .| Foto: Divulgação/

As ruas, teatros e espaços de Curitiba receberam nas últimas duas semanas um público curioso e ávido por novidades culturais. Os números da 26.ª edição do Festival de Curitiba, que terminou no último domingo (9), mostram que, apesar da bilheteria geral de público ainda não ter recuperado o fôlego das edições anteriores à crise econômica, pelo menos retomaram o crescimento em relação a 2016. Este ano, cerca de 200 mil pessoas assistiram aos mais de 350 espetáculos apresentados desde o dia 28 de março.

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Em 2014, o público do Festival de Curitiba chegou a 230 mil espectadores, mas, no ano passado, em decorrência da crise política e econômica – que refletiu diretamente no setor cultural – o público foi de 180 mil pessoas. “Este ano conseguimos retomar o público que alcançamos em 2015, que também registrou 200 mil pessoas”, destaca o diretor do Festival, Leandro Knopfholz.

Além do teatro

Este ano, além dos espetáculos teatrais, shows musicais e performances, a programação do Festival contou com ações como oficinas, conversas após as peças, encontros de crítica e curadoria.

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Dos 37 espetáculos da mostra principal, alguns tiveram os ingressos esgotados – caso de todas as sessões de “Blank”; “A Casa dos Budas Ditosos”, “Vilões de Shakespeare”, “Antígona”, “Mata Teu Pai”, “O Pão e a Pedra”, “Macumba: Uma Gira Sobre Poder” e “Para que o Céu Não Caia”. No Fringe, vários espaços também ficaram lotados como o TUC, Teuni, Mini-Guaíra e no Centro Cultural Boqueirão.

Planejamento

O Festival de Curitiba de 2018 está marcado para acontecer entre os dias 27 de março e 8 de abril de 2018 e será o terceiro ano da curadoria de Guilherme Weber e Marcio Abreu. “Eles devem intensificar essa linha curatorial que foi bastante elogiada”, comentou Knopfholz.

Para 2018, Knopfholz explica que ainda depende da sinalização dos patrocinadores, uma vez que o Festival de Teatro de Curitiba é um evento privado e depende de recursos financeiros para trazer as companhias artísticas.

“O fato de fazer o Festival acontecer, num tamanho digno da sua história, num momento em que a Prefeitura de Curitiba vem diminuindo a sua participação, é marcante para o curitibano. A gente reforça essa sensação de orgulho e pertencimento que o curitibano tem com o Festival”, enfatiza o diretor.