Cartaz de Rock n roll, montagem de um texto premiado de Tom Stoppard| Foto: Divulgação
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Com menos três patrocinadores - um deles a Petrobras -, o Festival de Curitiba deste ano sentiu a crise mundial, mas se manteve de pé. A 18ª edição do evento começa nesta terça-feira e vai até dia 29, trazendo uma mostra principal com 30 espetáculos, o maior número de peças que esse módulo já teve.

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Dos 30, cinco são estreias, como Por um fio, texto de Drauzio Varella com direção de Moacir Chaves, Rock'n'roll, montagem de um texto premiado de Tom Stoppard, e o chileno Sin Sangre. Há também obras que já passaram ou estão passando pelo Rio, como Autopeças, da Cia. dos Atores, A Cabra ou Quem é Sylvia?, com José Wilker, Inveja dos anjos, do Armazém, premiada com dois Shell, O Estrangeiro, com Guilherme Leme, e Medida por medida, dirigida por Gilberto Gawronski, com Luís Salem.

Em 2008, o festival tinha 12 patrocinadores e um orçamento de R$ 2,8 milhões; este ano está com nove e R$ 2,4 milhões. Patrocinadora do festival há 12 anos, a Petrobras não apoiou o evento agora. No entanto, Leandro Knopfholz, organizador do festival, vê a situação com otimismo. Para ele, "a crise é circunstancial".

Uma das estreias do evento este ano é "Rock'n'roll", montagem dirigida por Felipe Vidal e Tato Consorti, de um texto de Tom Stoppard sobre uma banda no regime comunista de Praga (Stoppard nasceu na antiga Tchecoslováquia). A peça já passou por Londres, onde ganhou os prêmios London Evening Standard e London Critics Circle, e pela Broadway. Agora, a montagem brasileira vem com um elenco formado por Otávio Augusto, Thiago Fragoso, Gisele Fróes e Bianca Comparato, entre outros, com direção de movimento de Márcia Rubin.

Outra estreia é Doido, monólogo com texto, direção e atuação de Elias Andreato. O ator interpreta vários personagens do teatro, centrando-se mais no próprio texto e menos em movimentos corporais. Baseado em 11 histórias do livro homônimo de Drauzio Varella, "Por um fio" mostra o que as pessoas sentem quando ficam sabendo que vão morrer em breve. Para interpretar as reações a essa notícia, o diretor Moacir Chaves conta com Regina Braga e Rodolfo Vaz, ganhador do Shell de melhor ator em 2008 por outro espetáculo de Drauzio Varella, "Salmo 91". A única estreia internacional é a chilena "Sin sangre".