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Omar Sy (à esq.) e François Cluzet estrelam o blockbuster Intocáveis | Divulgação
Omar Sy (à esq.) e François Cluzet estrelam o blockbuster Intocáveis| Foto: Divulgação

Números

• 20 milhões de espectadores assistiram a Intocáveis apenas na França.

• 33 cidades é o números de localidades que receberão os filmes do Festival Varilux neste ano.

Festival Varilux de Cinema Francês

Serviço

Confira a programação completa nos seguintes links:

Curitiba – http://bit.ly/Os8c8S

Londrina – http://bit.ly/QyN2kw

Maringá – http://bit.ly/RMc3wK

Programação

Confira os títulos que serão exibidos no Festival Varilux de Cinema Francês:

• A Arte de Amar, de Emmanuel Mouret. Com François Cluzet e Julie Depardieu.

• Adeus Berthe ou o Enterro da Vovó, de Bruno Podalydès. Com Valérie Lemercier e Denis Podalydès.

• A Filha do Pai, de Daniel Auteuil. Com Daniel Auteuil e Sabine Azéma.

• Aliyah, de Elie Wajeman. Com Pio Marmai e Cédric Kahn.

• Americano, de Mathieu Demy. Com Mathieu Demy e Salma Hayek.

• Aqui Embaixo, de Jean-Pierre Denis. Com Céline Sallette e Eric Caravaca.

• A Vida Vai Melhorar, de Cédric Kahn. Com Guillaume Canet e Leila Bekhti.

• E Agora, Aonde Vamos?, de Nadine Labaki. Com Nadine Labaki e Claude Baz Moussawbaa.

• Intocáveis, de Olivier Nakache e Éric Toledano. Com Omar Sy e François Cluzet.

• My Way, o Mito Além da Música, de Florent Emilio Siri. Com Jérémie Rénier e Benoit Magimel

• O Barco da Esperança, de Moussa Touré. Com Souleymane Seye Ndiaye e Laity Fall.

• O Monge, de Dominik Moll. Com Vincent Cassel e Déborah François.

• Paris-Manhattan, de Sophie Lellouche. Com Alice Taglioni e Patrick Bruel.

• Polisse, de Maïwenn.

• Com Maïwenn e Joey Starr.

• Titeuf, de ZEP. Animação.

• Uma Garrafa no Mar de Gaza, de Thierry Binistri. Com Agathe Bonitzer e Mahmud Shalaby.

• Um Evento Feliz, de Rémi Bezançon. Com Louise Bourgoin e Pio Marmai.

  • Polisse: Prêmio do Júri no Festival de Cannes

Os franceses costumam dizer, não sem justificado orgulho, que são a "exceção cultural" na Europa Ocidental. O país em forma de hexágono é o único onde o consumo da produção nacional, da música ao cinema, passando pela literatura e por programas de televisão, não apenas se rivaliza, como muitas vezes supera o que vêm de fora, sobretudo dos Estados Unidos.

O Festival Varilux de Cinema, que começa nesta sexta-feira em Curitiba (Espaço Itaú de Cinema), Maringá (Cineflix), Londrina (Royal Plaza) e mais 30 cidades brasileiras, e vai até o dia 23 de agosto, atesta a vitalidade dessa força de resistência à ocupação quase militar representada pelos títulos made in Hollywood mundo afora.

Entre os 17 longas-metragens selecionados para a edição deste ano, um deles, Intocáveis é exemplo desse fôlego diante da concorrência estrangeira. O filme de Eric Toledano e Olivier Nakache levou 20 milhões de espectadores às salas de exibição da França – para se ter uma ideia, Tropa de Elite 2, o título nacional mais visto no Brasil em toda a história, teve 11 milhões de pagantes.

Intocáveis é uma comédia dramática que reúne ingredientes que a tornam atrativa para várias faixas de público, o que em parte explica seu imenso sucesso: é, ao mesmo tempo, humanista, tocante e engraçada. Philippe (François Cluzet) é um aristocrata parisiense que fica tetraplégico depois de um acidente de parapente. Sua condição exige que ele tenha um cuidador quase em tempo integral, mas, por conta de seu temperamento explosivo, os contratados duram muito pouco tempo na posição. Até que entra em cena Driss (Omar Sy, vencedor do César de melhor ator por seu desempenho), um jovem de origem senegalesa que vive na periferia da capital francesa.

Embora não tenha qualquer experiência no trato de pessoas com deficiência, Driss tem algo muito valioso a oferecer a Philippe: alegria de viver. A espontaneidade e a rebeldia do cuidador, que não quer nada com nada e preferiria sobreviver com o dinheiro do seguro-desemprego a trabalhar, de alguma forma fazem com que seu patrão saia da posição de vítima e repense sua vida. O encontro também acaba mexendo com os valores de Driss, que passa a prestar mais atenção a sua família e assumir responsabilidades antes desimportantes para ele.

Retrato da França contemporânea, multicultural e em processo de transformação por conta da forte presença de imigrantes no país, Intocáveis, se não chega a ser um grande filme, oferece um roteiro, baseado em fatos reais, muito bem costurado, atuações de primeira e um notável equilíbrio entre emoção e humor.

Cannes

Outro destaque da programação do Varilux, que na edição do ano passado teve cerca de 45 mil espectadores em todo o país, é o ótimo Polisse, da diretora e atriz Maïwenn. Vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes em 2011 e do César de melhor edição e atriz revelação (Naydra Ayadi), o filme retrata o dia a dia da divisão da polícia de Paris encarregada da proteção de crianças e adolescentes. Maïwenn vive o papel de uma fotojornalista cuja pauta é justamente acompanhar a rotina dos agentes em um drama cuja linguagem se aproxima bastante da documental.

Convidados

Estarão no Rio de Janeiro a partir de amanhã, para divulgar o festival, diretores, atores e profissionais de alguns dos longas participantes do Festival Varilux neste ano. Entre eles, a também atriz e diretora franco-libanesa Nadine Labaki (de Caramelo), que vem ao país lançar seu novo filme, E Agora, Aonde Vamos?, que participou, no ano passado, da mostra Um Certo Olhar, em Cannes, da qual saiu com um prêmio especial do Júri Ecumênico. O longa retrata os esforços de um grupo de mulheres no intuito de apaziguar a tensão entre muçulmanos e cristãos em uma pequena aldeia do Líbano.

Também estarão no Rio as atrizes Agathe Bonitzer, protagonista de Uma Garrafa no Mar de Gaza; Isabelle Candelier, de Adeus Berthe ou o Enterro da Vovó; e Astrid Bergès- Frisbey, protagonista de A Filha do Pai; os diretores Moussa Touré (de O Barco da Esperança), Thierry Binistri (de Uma Garrafa no Mar de Gaza) e Jean-Pierre Denis (de Aqui Embaixo); e Khaled Mouzanar, compositor da trilha sonora de E Agora, Aonde Vamos?.

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