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Daniela (2ª à esq.) e elenco de O Fantasma da Ópera: mais de 35 peças no currículo e segurança | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Daniela (2ª à esq.) e elenco de O Fantasma da Ópera: mais de 35 peças no currículo e segurança| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Programe-se

Don Juan

Teatro Lala Schneider (R. Treze de Maio, 629), (41) 3232-4499. Sexta a domingo, às 21 horas. R$ 30 e

R$ 15 (meia-entrada) (parte da renda será destinada para a Santa Casa de Curitiba). Até 28 de outubro. Classificação indicativa: livre.

O Fantasma da Ópera

Sexta e sábado, às 23h59. R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada). Até 3 de novembro. Classificação indicativa: 12 anos.

Interatividade

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As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

Não é fácil ser João Luiz Fiani. Ao contrário das "acusações" de parte da classe teatral que o aponta como um empresário que se rendeu à comédia pastelão, ele diz ter prejuízo sempre. "Faço pela profissão, sou feliz com ela", contou em entrevista à Gazeta do Povo. O aluguel do casarão onde toca sua escola de atuação e as duas salas de apresentação do Teatro Lala Schneider na Rua Treze de Maio consome R$ 12 mil mensais.

Ainda por cima, a qualquer menção de seu nome entre outros artistas, o ex-locutor é obrigado a defender a qualidade de seu trabalho. O fato é que ele tem um público fiel e entrega o que promete: comédias que fazem rir, grande parte releituras de clássicos da literatura.

É o caso de Don Juan, que faz hoje sua última apresentação, e de O Fantasma da Ópera, que sai de cartaz na semana que vem.

"Prefiro chamar de comédia de costumes", diz Fiani, para quem o pastelão não se aplica ao humor que permeia seu texto. Boa parte das tiradas que o público aprova são na verdade "cacos", como são chamados os improvisos trazidos pelo elenco. Além de trejeitos e palavras de conotação sensual, eles brincam com a própria celebridade do mestre. "Aquele camarim está vazio!", gritam as coristas de O Fantasma... "Ninguém pode usar. Nem o Fiani", responde o personagem de Maicon Santini.

"Eu prefiro o texto no começo, do jeito que escrevo, mas os cacos aproximam o público", confessa o diretor, que em grande parte dos espetáculos também está em cena: o público faz questão.

Se a lotação caiu no último mês, quando o teatro ficou ocupado só pela metade, seu maior sucesso, A Casa do Terror, atualmente fora de cartaz, garante gente saindo pelo ladrão em duas sessões contínuas.

Defesa

Além dos alunos e do público fiel, Fiani tem ao seu lado atores e atrizes que ali iniciaram carreira e avisam para quem quiser ouvir: "Peraí, eu fiz A Casa do Terror número x". É o caso das consagradas Rosana Stavis, Regina Bastos e Nadja Naira, entre outros, e dos comediantes Fábio Silvestre e Marco Zenni, a quem Fiani admira.

O elenco sai das salas de aula para o palco, mas hits como os dois citados têm mais experiência. Alguns almejam continuar a formação – quando conseguirem uma folga entre as inúmeras apresentações. "Meu maior sonho é ser diretora, vou fazer vestibular ano que vem", conta Daniela Costa, de 19 anos, que entrou com 11 nas aulas do Lala Schneider e ainda integra o núcleo de profissionalização teatral. Ela está em cena em O Fantasma... e sua atuação deixa claro que, quando tirou seu documento de atriz profissional, conhecido como DRT, já era íntima dos palcos, com participação em 35 espetáculos. A segurança adquirida é de fazer inveja a atrizes de bem mais idade.

Na próxima quarta-feira, o Lala começa sua mostra anual de peças. E para o próximo Festival de Teatro, Fiani planeja a estreia de O Médico e o Monstro e Belarmino e Gabriela.

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